DEZEMBRO – José Delfino

DEZEMBRO – Nesses tempos de escrita mínima e leitura rápida , o olhar superficial da maioria posto em fotos e “selfies” predomina. As ferramentas estatísticas disponíveis na rede dão conta disto. Quem as postam, apenas cogito, transmitem de forma adequada a real essência da própria intenção? Impossível afirmar. Mas a “ilusão” da imagem projetada ganha […]

CHEGANDO AO FIM DO ANO – José Delfino

CHEGANDO AO FIM DO ANO – Não que eu seja radical ou quadrado. Não me considero nenhum dos dois. Mas um dia você olha o espelho e vê que está velho. Se descobre, de repente, um macróbio em involução biológica. E cai na real. Logo diante dele, onde a gente só nota o que quer. […]

CUIDADO COM ESSA PUTA SAGRADA – José Delfino

CUIDADO COM ESSA PUTA SAGRADA – Meu PC de mesa deu pau. Passou algum tempo até chegarem a um diagnóstico definitivo. “O HD continua funcionando bem, apesar da idade avançada”, disse o técnico . De repente, como eu ( fiquei pensando…). O problema estava no estabilizador em petição de miséria, que desligava a máquina aleatoriamente, […]

A REFLEXÃO DO SOM – José Delfino

A REFLEXÃO DO SOM – Não alimento preconceito algum com relação a qualquer tipo de música. Óbvio, tenho minhas preferências específicas. Mas o que importa mesmo é a emoção que ela desperta ( ou despertou) em cada um de nós em determinados momentos das nossas vidas. E que tende a perdurar ao longo da nossa […]

A REFLEXÃO DO SOM – José Delfino

A REFLEXÃO DO SOM – Não alimento preconceito algum com relação a qualquer tipo de música. Óbvio, tenho minhas preferências específicas. Mas o que importa mesmo é a emoção que ela desperta ( ou despertou) em cada um de nós em determinados momentos das nossas vidas. E que tende a perdurar ao longo da nossa […]

SUPOSIÇÕES – José Delfino

SUPOSIÇÕES – Fazia anos que eu não a via. Queria voltar a revê-la. Não podia ela nem mais ser chamada de minha. Não havia mais ninguém à minha espera ou ela talvez nem ansiando por me ver. Mas nada como viajar num trem. Embarcar sem bagagem num percurso que dura alguns segundos. Sem nada . […]

DECORTICANDO – José Delfino

DECORTICANDO – O espaço está irremediavelmente associado ao tempo, em blocos quadridimensionais, dizem. A evidência imediata, a princípio é comprovada através de múltiplos experimentos ou simplesmente pelo ato de se ver as imagens como elas são. São quatro as dimensões. Três de espaço (largura, altura e profundidade). E o tempo. Teorias levam a crer que […]

É FÁCIL APRENDER FALAR OUTRA LÍNGUA? – José Delfino

É FÁCIL APRENDER FALAR OUTRA LÍNGUA? – Estudar idiomas é um hobby que pratico todo santo dia. Comecei com o aprendizado do inglês, ainda rapazinho. No SCBEU, com o professor Protasio Melo. Fiquei por lá uns seis anos. Fiz o curso formal. Mais um outro sobre literatura inglesa. Uma convivência tão longa que, de professor, […]

REFLEXÃO DO PAPAI NOEL – José Delfino

REFLEXÃO DO PAPAI NOEL – O determinismo genético é a herança que todos os seres vivos que habitam o planeta carrega dentro de si. A capacidade reflexa de responder a estímulos básicos e essenciais à sobrevivência e reprodução. Que começa a partir dos seres unicelulares. Passando pelos vegetais, que vivem e se desenvolvem, plantados ao […]

RÉQUIEM PARA UM AMIGO MORTO – José Delfino

RÉQUIEM PARA UM AMIGO MORTO – Cessados o prazer e a tormenta das coisas distantes ou extintas; como os objetos e utensílios que povoaram um dia os recantos da casa; ou os entes queridos vivos ou mortos que aconteceram em nossas vidas… É normal a lembrança deles. O difícil (ou até impossível) é o desejo […]

DE CINEMA – José Delfino

DE CINEMA – “Tudo em Todo Lugar do Mundo” é um filme distópico. A um só tempo, real e irreal. Eu diria, até ao ponto onde se poderia classificar de “ficção especulativa”. A personagem principal, dona de uma lavanderia quase em falência vive sob pressão do dia a dia: o olho vivo do fisco; um […]

DE TEMPERATURA ALTA – José Delfino

DE TEMPERATURA ALTA – Vivemos uma guerra civil há bastante tempo. Pequenos detalhes do manual de sobrevivência adotados pela população no dia a dia que o digam; os muros altos das residências ; as cercas elétricas; o desrespeito sistemático aos semáforos nas horas mortas da noite. E agora , como se não bastasse, o temor […]

SERES ORGÂNICOS – José Delfino

SERES ORGÂNICOS – Os animais, racionais ou não, seguem o seu inexorável curso: nascem, crescem, se reproduzem. E morrem. É a ordem natural das coisas no planeta terra. Os vegetais, nas suas demandas de sobrevivência e reprodutibilidade, são menos complexos que aqueles. Presos às suas raízes físicas eles sobrevivem, de forma passiva. Assim, modulam seus […]

NAS NUVENS – José Delfino

NAS NUVENS – Tenho a ligeira impressão que alguns dos meus leitores não incorporam bem o que eu tento dizer ao longo de alguns dos meus textos. Faz mal não. Questão talvez só de competência ou tato de minha parte. Ou mesmo da maneira desusada, um tanto insólita, ao descrever o que a vista cansada […]

COMO SE FOSSE UM SERMÃO – José Delfino

COMO SE FOSSE UM SERMÃO –   Não se trata de tentar persuadí-los a conjecturar como eu. Cada um tem o seu modo próprio de pensar e agir. Mas vamos lá. É só reflexão. Deus não é dado. É um objeto de crença. Intimista, surreal, mas é. De repente, a força que rege toda a […]

LINHAS TORTAS – José Delfino

LINHAS TORTAS – A história da humanidade nos dá conta que em tudo que se faz ; no que se pinta, se desenha, se esculpe, se dá relevo, ou sentido de algum modo, a alguma coisa; sempre ficará inserido um indiscutível ponto em comum. O poder da síntese aliado à força que jaz nas imagens. […]

FEITO CONVERSA DE BOTEQUIM – José Delfino

FEITO CONVERSA DE BOTEQUIM – Faz muito tempo. Eu e ele saímos da Casa da Ribeira após o show. Fomos colocar a conversa em dia, lá para as bandas de Ponta Negra. O restaurante estava vazio. Apareceu um amigo em comum e a conversa foi longe. Após ter dado notícia da musa Afonsina, seus carinhos […]

REPETIR NÃO CUSTA NADA – José Delfino

REPETIR NÃO CUSTA NADA – Nesses tempos de escrita mínima, leitura rápida e superficial, e de olhar de veneração em massa para “selfies ” melhor parar e refletir, talvez: “Beijo, carinho, atenção (essas coisas…) são detalhes que se externam de inúmeras formas. Saber, eis o segredo. Perceber, eis a questão”. Na minha cabeça a assertiva […]

DE “CARTAS ESQUECIDAS” – José Delfino

DE “CARTAS ESQUECIDAS” – No dia 3 de Dezembro de 1965 recebi um livro de presente de Manoel Neto. À época a galera vivia doida pra saber quem diabo era na realidade o autor; um cara que escrevia crônicas semanais para um jornal de São Paulo, então transformadas em livro. Os textos eram elaborados em […]

DE NATAL, EM NATAL – José Delfino

DE NATAL, EM NATAL – Ano bizarro, esse. Nunca perdi tantos amigos em tão pouco tempo. Mas, enfim, chegou dezembro, o mês do Natal. Os presentes, essas acomodações de sonhos e orçamentos, estarão escondidos em embrulhos coloridos. Os paroxismos de confraternizações e bondade soltos por pouco tempo, também. Bolas ocas de acrílico em diversas tonalidades, […]