VIVA AOS LEITORES! – 

Para mim não resta dúvida: o leitor tem o papel fundamental em dar sentido ao texto, que na prática de sua  leitura, cria associações com as diretrizes que a escrita desperta à sua atenção e aos seus sentimentos afins que o texto nele produz.

Dificilmente, por mais que a escrita seja direta, de forma simples, a interpretação será única quando se coaduna com o entendimento entre o que está explícito e o que as entrelinhas pode despertar na memória do leitor.

Com o escritor, autor do pensamento criativo, também demanda que, a partir do momento em que a sua obra chega aos ‘espaços’ distintos da sociedade múltipla, as interpretações e efeitos que surgem, dão ao leitor a ‘”apropriação” emocional que o escrito lhe confere.

Para um outro leitor, inserido em um fragmento social diferente daquele, pode trazer distintos efeitos emocionais que, talvez, o próprio escrito a partir das sensações experimentadas pelo autor não estejam à mostra tão explicitamente.

Pois bem!

Graças aos gentis leitores que concedem seus valiosos tempo em “varrer” as linhas que vão compondo cada texto, posso experimentar o quanto é bom ceder sentimentos e emoções, como também me faz bem receber as considerações que o leitor vivencia.

Da escritora, poetisa, médica anestesiologista Gleide Tomaz, recebi a seguinte mensagem:

“Boa noite! Hoje, de plantão e depois da enxurrada de cirurgias, veio a bonança da tranquilidade,  como se o tempo tivesse parado, pelo menos até o próximo ” doutora estão chamando a anestesista;  a sala está pronta “. E aí decidi botar a leitura das suas crônicas em dia. 

Me nego a lê-los em qualquer fagulha de tempo, porque exigem um olhar mais aguçado, às vezes, o olhar escapa na direção do lobo temporal esquerdo, buscando nossas próprias lembranças, provocadas por algumas palavras, algumas frases. 

É sempre a sensação de que abriu-se um espaço e a gente  foi abduzido para o centro dele com o texto na mão. Sempre acrescenta. A mim tem ensinado a experiência de buscar olhar com sabedoria para o cotidiano, e tem me chamado a atenção de quão importante pode ser esse cotidiano e de quanto passamos ao largo, dispersos,  preocupados ou ocupados demais para percebermos a sua riqueza e aí nos perdemos.  Você, com seus escritos e a sua simplicidade, tem me ensinado que colecionamos pedaços de nós mesmos quando volvemos o olhar para a vida que nos cerca e que de fato acontece para nós. Gratidão.”

 

Convenhamos, é incentivador para qualquer escritor veterano nas letras ou para um iniciante como eu, esse carinho vindo do leitor.

A minha resposta foi: Fiquei muito feliz que tenha retomado esse sopro de tranquilidade. Obrigado pelas considerações que muito me lisonjeia em saber que vem de seu coração. Siga firme!

Aproveito para agradecer a todos que, com desprendimento,  me enviam as suas impressões sobre os artigos escritos e enviados com enorme carinho para cada um de vocês leitores assíduos.

Viva aos leitores!

 

 

 

 

 

Carlos Alberto Josuá Costa – Engenheiro Civil, escritor e Membro da Academia Macaibense de Letras, [email protected]

As opiniões contidas nos artigos/crônicas são de responsabilidade dos colaboradores

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