NELSON FREIRE 1

Durante a Copa do Mundo de 2014 muitas coisas me chamaram a atenção. Uma delas foi a constante e desmedida preocupação dos nossos atletas brasileiros com seus visuais extravagantes.

O Neymar e o Daniel Alves, por exemplo, durante a competição, mudaram pelo menos duas vezes o corte e a cor dos seus cabelos. E sempre apareciam ao publico como se fossem astros de Hollywood.

Ao ver a repetição desse tipo de coisa, comecei a ficar preocupado. E realmente cheguei a pensar que as coisas poderiam de fato degringolar, por simples inversão de valores. E isso, realmente, aconteceu.

Um time preocupado com uma pseudo estética, com a mídia, com o marketing e com o assédio de fãs, começou mesmo a me preocupar. Onde estava o futebol? E a qualidade técnica e tática do time?

Outra coisa que chamou a atenção foi essa excessiva exposição dos nossos atletas na mídia. Vendendo de tudo. De carro a televisão, passando por produtos de supermercados. Inclusive o nosso próprio técnico.

Mesmo sem ser um expert em futebol, gosto imensamente de ver uma boa partida. Principalmente da nossa seleção. Que se parecia antes com um fantástico ballet, recheado de muita emoção.

Só que não foi o que vi este ano. E não entendi ainda o porque disso. Talvez o endeusamento de cada um deles tenha afetado o ego individual. Resultando num finalmente simplesmente funesto.

A Alemanha nos deu várias lições. De planejamento, de humildade, de responsabilidade, de organização, de alegria e de discernimento. Principalmente por distinguir esporte da vida cotidiana.

E ao final, nos jogou nos peitos o que estamos carecas de saber. Mas não praticamos, para tristeza geral: Uma coisa é uma coisa. Outra coisa é outra coisa.

Nelson Freire – Economista, Jornalista e Bacharel em Direito – [email protected]

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