UM NATAL DIFERENTE –

Estamos festejando mais um ciclo Natalino, a cidade começa a ter uma nova configuração, com uma decoração mesmo tímida nas ruas, a população andando pelos shoppings ou lojas e alguma manifestação religiosa pelos bairros da cidade.

Vendo tudo isto, pensei da minha época de criança e jovem, era um Natal mais simples, mais religioso, mais fraternal.

Quando criança, a ceia do Natal era tão esperada quanto os presentes. Geralmente acontecia as vinte e duas horas. Não podia faltar o peru, que era abatido e preparado cuidadosamente em casa, depois assado na padaria mais próximo. Fazia parte da mesa uma bela cesta com doces de frutas argentinas de quatro sabores, passas, maçãs, uvas, chocolates, queijo do reino e outras guloseimas que só eram servidas época do Natal, pois eram importadas. Depois do jantar íamos todos para a Missa do Galo, missa da meia noite.

Chegando em casa mamãe preparava carinhosamente todos para dormir e esperar a chegada do Bom Velhinho. No outro dia, acordar cedo brincar e mostrar os brinquedos aos amigos.

Quando um pouco mais velho, lá para os quinze anos de idade, o Natal ficou um pouco mais festivo, e a Rua João Pessoa – Grande Ponto e Av. Rio Branco ficavam iluminadas e o comércio abria a noite, as moças iam passear e os rapazes arriscarem uma paquera. Era época da mini saia, do cabelo curtinho para elas e compridos para os rapazes que também usavam calças bocas de sino. Elas desfilavam nas calçadas e os rapazes se aglomeravam nas pontas das mesmas.

Nessa idade, não havia mais o encanto do Papai Noel, mais havia a ceia do Natal, uma árvore de Natal na sala, montada com presentes, já não íamos todos a missa do galo, e os presentes eram distribuídos da sala de visita, com a presença dos namorados das minhas irmãs.

O tempo passou, mas na minha casa ainda temos os mesmos costumes aprendidos com os nossos pais, e procuramos fazer do Natal, um período de amor ao próximo e de fraternidade.

Guga Coelho Leal – Engenheiro e escritor, membro do IHGRN

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