SOBRE O DIA DE FINADOS –

No dia dois de novembro tivemos o Dia de Finados. Não gosto do nome. Negativo ao extremo. Os ingleses (e americanos) chamam de “Memorial Day”. Ao meu ver, mais apropriado e positivo.

Quando menino, o dia era comemorado com um comportamento quase medieval. Os homens não faziam a barba, ninguém tomava banho, as rádios só transmitiam música clássica (isso era bom, mas o motivo era errado). E isso durou por muito tempo.

No Iate, a gente não botava os barcos n’água (já nos anos ’50). Hoje há mais liberdade e inteligência nas comemorações, que praticamente se resumem à visitas aos cemitérios e igrejas.Porém o medievalismo continua, com uma forte conotação mercantil.

Por isso lembro-me dos meus parentes e dos parentes dos amigos, sem estardalhaços. Continuam comigo, na memória. E minha homenagem é ouvir o Réquiem de Fauré. Tomando um whisky em homenagem a eles, os parentes e amigos.

Perdoo os que me acharem pedante. Não sou. Apenas tento me libertar dos preconceitos.

 

Dalton Mello de Andrade – Escritor, ex-secretário da Educação do RN

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