A Teatro Kaus Cia Experimental tenta arrecadar R$ 20 mil para peça

Em fevereiro de 2014, choveu cerca de 81 mm na cidade de São Paulo. Com duas semanas de tempestades, boa parte das águas parece ter-se acumulado na Rua da Consolação, 1.219. Em um desses dias, um dilúvio irrompeu na sede do Teatro do Incêndio. O teto cedeu e a água danificou figurinos, equipamentos e a instalação elétrica. A companhia estava a dois meses da inauguração e não possuía nenhum apoio ou patrocínio. “Naquela época, não havia nenhum edital aberto, foi quando pensamos em criar um projeto de financiamento coletivo”, conta a atriz e produtora do grupo Gabriela Morato.

Nos último anos, as plataformas que promovem o chamado crowdfunding, ou financiamento coletivo, permitem viabilizar projetos de artes em geral. No teatro, grupos que não possuem patrocínio encontram no financiamento coletivo formas de estrear suas montagens, manter a temporada e também como opção emergencial diante do sufoco.

A iniciativa funciona como uma “vaquinha coletiva”. O autor publica seu projeto nos sites específicos, define o valor que vai precisar para execução e divulga sua campanha. Os interessados colaboram financeiramente e, em troca, podem receber ingressos e exemplares de obras.

No Brasil, a plataforma Catarse concentra mais de 345 projetos teatrais, com mais de 180 financiados. Em números, o teatro está em terceiro lugar, atrás apenas das categorias música e cinema e vídeo. Criado em 2011, o site permite a escolha do valor de arrecadação e o tempo da campanha (entre um e 60 dias). Se atingir a meta, o grupo fica com o valor estipulado.

Além de reformas, há os projetos de estreias e manutenção de temporada. A Teatro Kaus Cia Experimental está em contagem regressiva. São 18 dias para arrecadar R$ 20 mil. O valor será utilizado para produzir e estrear a peça “Hysterica Passio” no Espaço Parlapatões e manter uma temporada com 20 apresentações.

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