O setor de serviços recuou 0,2% em março na comparação com fevereiro, segundo levantamento divulgado nesta terça-feira (15) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Já na comparação com março do ano passado, a queda foi maior, de 0,8%.

No acumulado no 1º trimestre, o indicador de atividade de serviços caiu 1,5%, na comparação com o mesmo período do ano anterior. Já na comparação com o 4º trimestre, houve queda de 0,9%, levando o setor de volta para o vermelho, após avanço de 0,5% no trimestre imediatamente anterior.

No acumulado em 12 meses, o índice está negativo desde junho de 2015 e encerrou março com recuo de 2%. Porém, o ritmo desta queda tem desacelerado desde abril de 2017, quando ficou em -5,1%.

De acordo com o gerente nacional da pesquisa, Rodrigo Lobo, os últimos resultados mostram que o setor de serviçois, “depois de ter atingido em março de 2017 o ponto mais baixo de sua série histórica, ainda não conseguiu se recuperar inteiramente”.

Na comparação interanual (mês contra igual mês do ano anterior), o setor de serviços mantém taxas negativas há três anos. “Dos últimos 36 resultados, apenas dezembro do ano passado foi positivo, depois de 32 resultados negativos consecutivos, e os três resultados deste ano continuaram negativos”, disse.

Lobo destacou que, em março deste ano, o patamar do setor estava apenas 0,8% acima do ponto mais baixo da série, e distante 12,8% do ponto mais alto. “Isso mostra que ele ainda opera muito mais próximo desse ponto mais baixo do que sinaliza uma recuperação”

O setor representa 70% da composição do Produto Inteno Bruto (PIB).

Lobo enfatizou que o setor de serviços é dinâmico e tem relação direta com as demais atividades econômicas. “É um setor de perde e ganha. Enquanto uma empresa [prestadora de serviços] perde, uma outra ganha”. Por isso, segundo ele, uma retomada consistente depende da melhoria dos demais indicadores econômicos. “A expectativa dos empresários que atuam neste setor de que haja uma modificação do volume de negócios como um todo”, avaliou.

Fonte: G1

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