Ontem, motoristas e cobradores fizeram paralisação e protesto denunciando a insegurança

A Secretaria Estadual de Segurança Pública e Defesa Social (Sesed) fala numa redução de 50% das ocorrências de assaltos na Região Metropolitana de Natal (RMN), mas os números ainda preocupam o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Rio Grande do Norte (Sintro-RN). Na tarde de ontem (25), depois de uma marcha na avenida Salgado Filho entre o Midway Mall e a Governadoria, no Centro Administrativo do Estado, a entidade conseguiu marcar uma audiência com a secretária de Segurança, delegada Kalina Leite, para a tarde de hoje (26). O número de assalto a ônibus neste ano são divergentes entre Sesed e Sintro.

Segundo números da Sesed, baseados em dados da Coordenadoria de Informações Estatísticas e Análises Criminais (Coine), no período de 1 de janeiro a 20 de maio de 2015, ocorreram 122 assaltos em ônibus na Grande Natal, contra 244 casos de assaltos ocorridos no mesmo período de 2014. O Sintro, por outro lado, afirma que ocorreram 202 assaltos até ontem (25).

O presidente do Sintro-RN, Nastagnan Batista da Silva, disse que “o principal atingido pela insegurança são os estudantes, trabalhadores”, que correm riscos à exemplo dos profissionais do sistema de transporte coletivo de Natal. Nastagnan Batista disse que na audiência de hoje com a secretária Kalina Leite espera-se que seja retomado o fórum de discussão sobre a violência no sistema de transporte coletivo, iniciado no ano passado. “O novo governo assumiu faz cinco meses e nunca recebeu a gente”, reclamou o sindicalista.

Para a Sesed, o uso de câmeras de segurança nos transportes coletivos e a implantação de mecanismos que possibilitem o fim do uso de dinheiro pelo passageiro são medidas que podem dificultar a ação dos bandidos e facilitar as ações de investigação da Polícia Civil.

O estudante universitário Daniel Silva passava, por volta das 14h20 de ontem, na avenida Bernardo Vieira, em Lagos Seca, e se juntou aos protestos dos motoristas e cobradores de ônibus, que paralisou o trânsito até uma caminhada ao Centro Administrativo. “Eu estava indo para o trabalho e fui surpreendido com esse ato, mas ao contrário do que muitas pessoas possam pensar, ao invés de ficar chateado e reclamar ou dizer que vou me atrasar, decidi me juntar às pessoas que aqui estão protestando por algo justo”, disse ele.

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