Os servidores do ITEP decidiram realizar uma mobilização em frente ao prédio da Governadoria, no Centro Administrativo, nesta quarta-feira (27), a partir das 9h. A categoria irá esperar o resultado de uma reunião entre o SINPOL e o Governo do Estado sobre o envio do Estatuto do ITEP. Depois disso, irão deliberar sobre o indicativo de paralisação de advertência para os dias 2 e 3.

Na noite desta segunda-feira (25), os servidores do ITEP lotaram o auditório do SINPOL, reunidos em assembleia, e deliberaram que não vão mais aguardar uma nova análise do Estatuto do ITEP, como quer o Governo do RN.

“O que os servidores do ITEP querem é que o governador Robinson Faria cumpra com sua palavra. Quando ainda era candidato, ele pessoalmente procurou essa categoria e disse que se fosse governador por um dia enviaria o Estatuto que já estava pronto desde o final de 2013. Logo após ser eleito, ele mais uma vez afirmou isso. Agora, depois de cinco meses no Governo, a conversar não é mais a mesma. Além de não ter enviado o Estatuto que já estava pronto, a Secretaria de Segurança e direção do ITEP construíram uma nova minuta para o projeto”, explica Paulo César de Macedo, presidente do SINPOL-RN.

Com esse novo projeto para o Estatuto proposto pelo Governo Robinson, mais de 500 servidores que estão atualmente trabalhando de maneira regular no ITEP seriam excluídos dos quadros do órgão.

“Infelizmente, um governador que entrou dizendo que seria o Governo da Segurança está trabalhando contra os servidores da segurança, contra os servidores do ITEP que estão há décadas naquele órgão, sofrendo com o abandono e descaso dos governantes, mas mantendo o atendimento mínimo à população. Agora, esse servidores serão simplesmente jogados no lixo?”, indaga Fabrício Fernandes, 2º vice-presidente do Sindicato.

Diante desse quadro, o SINPOL procurou o Ministério Público, na semana passada, para saber se o órgão tinha participação na elaboração dessa nova minuta, conforme havia sido dito pela secretária de Segurança, Kalina Leite. No entanto, o procurador-geral Rinaldo Reis negou e destacou que a construção ou envio de projetos para servidores é poder discricionário do Executivo.

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