Cerca de cinquenta servidores da Companhia de Serviços Urbano de Natal (Urbana) paralisaram as atividades na manhã de hoje (10) em frente ao ginásio Nélio Dias, na zona Norte de Natal. O motivo da greve é o ajuste na carga horária de trabalho dos garis, que saiu de 36h para 44h semanais.

“Antes nos tínhamos um tempo maior de descanso, que acho necessário para desempenhar a nossa função, até porque nós percorremos cerca de 20km a pé por dia trabalhado”, comentou Zé Paulo, servidor da empresa. De acordo com os manifestantes, a paralisação vai continuar até a empresa entrar em acordo com a categoria.

Com a interrupção dos serviços, a informação repassada pelos manifestantes é de que a coleta seria totalmente prejudicada na zona Norte de Natal, região onde a Urbana realiza o trabalho de limpeza. No entanto, o presidente da empresa, Savio Hackradt, desmentiu o fato.

“A coleta terá uma redução em virtude da paralisação de alguns servidores, mas não será totalmente suspensa”, disse o presidente da Urbana. Ainda de acordo com Sávio, a greve deflagrada hoje não tem motivos para acontecer.

Questionado sobre o desgaste que os servidores podem sofrer com a atual jornada de trabalho, o presidente da Urbana rebateu as criticas. “Em qualquer cidade do Brasil o percurso é a mesma coisa. E outra, as empresas que fazem a limpeza das outras regiões da cidade também já trabalham com o mesmo sistema de carga horária”, declarou.

Sávio Hackradt ainda ressaltou que a Urbana paga os melhores salários entre as empresas de limpeza urbana do Brasil. “Eles não têm motivos para deflagrarem essa greve. Quem continuar com a paralisação será identificado, e, posteriormente iremos tomar as medidas cabíveis”, comentou.

Em contato com os servidores, a reportagem do Nominuto.com tomou conhecimento de que a greve não conta com o apoio do Sindicato dos Empregados em Empresas de Asseio, Higienização e Limpeza do Rio Grande do Norte (Sindlimp).

Sobre a falta de apoio do sindicato, um dos servidores fez questão de ressaltar a omissão do Sindplimp. “Nós não pertencemos ao sindicato e não temos o apoio deles, que são contra o movimento. Eles estão sempre do lado das empresas”, disparou um dos servidores, que não será identificado.

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