Reunião foi exigência dos servidores, que acamparam no Centro Administrativo

A reunião entre o governador Robinson Faria e os servidores da saúde que estão em greve terminou sem acordo nesta quarta-feira (8). Representantes da categoria apresentaram as reivindicações e um novo encontro foi marcado para o dia 16 de julho, após o consultor geral do Estado ver a viabilidade da reposição salarial dos servidores municipalizados.

De acordo com o Governo do Estado, o reajuste salarial de 27% reivindicado pelos servidores não é possível por causa do limite imposto pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). “Estamos impedidos legalmente de criar cargos, promover concursos ou aumentar despesas do Governo. No momento é impossível para o Governador enviar (ao Legislativo) uma proposta de aumento salarial”, explicou a secretária chefe do Gabinete Civil, Tatiana Mendes Cunha. Ela ainda explicou que a gratificação por insalubridade exigida pelos grevistas só poderá ser concedida após os critérios técnicos serem analisados.

Ângela Lobo, coordenadora dos Recursos Humanos da Sesap, afirmou que os pontos da greve que não dependem de orçamento já foram atendidos, como o retroativo de evolução da carreira, que estava sem repasses desde 2013. “Já começa a ser pago a partir de agora, primeiro para os cargos do nível elementar; segundo, o nível médio e terceiro para o superior”, destacou Lobo.

Os servidores da saúde estão em greve desde o dia 11 de junho. Eles reivindicam reajuste salarial de 27% e a isonomia para os aposentados e, em especial, os municipalizados, que teriam perdas de até 61%.

Acampados em frente à Governadoria, os servidores também cobram a revisão no plano de cargos, eleição direta para diretores e a realização de um novo concurso público. Eles afirmam que há um déficit de cerca de 3.500 profissionais na saúde estadual.

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