A reunião entre o governador Robinson Faria e os servidores da saúde que estão em greve terminou sem acordo nesta quarta-feira (8). Representantes da categoria apresentaram as reivindicações e um novo encontro foi marcado para o dia 16 de julho, após o consultor geral do Estado ver a viabilidade da reposição salarial dos servidores municipalizados.
De acordo com o Governo do Estado, o reajuste salarial de 27% reivindicado pelos servidores não é possível por causa do limite imposto pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). “Estamos impedidos legalmente de criar cargos, promover concursos ou aumentar despesas do Governo. No momento é impossível para o Governador enviar (ao Legislativo) uma proposta de aumento salarial”, explicou a secretária chefe do Gabinete Civil, Tatiana Mendes Cunha. Ela ainda explicou que a gratificação por insalubridade exigida pelos grevistas só poderá ser concedida após os critérios técnicos serem analisados.
Os servidores da saúde estão em greve desde o dia 11 de junho. Eles reivindicam reajuste salarial de 27% e a isonomia para os aposentados e, em especial, os municipalizados, que teriam perdas de até 61%.
Acampados em frente à Governadoria, os servidores também cobram a revisão no plano de cargos, eleição direta para diretores e a realização de um novo concurso público. Eles afirmam que há um déficit de cerca de 3.500 profissionais na saúde estadual.