As pesquisas, sejam elas quais forem, são muito importantes para as pessoas e para a comunidade. E ainda bem que sobre essa afirmativa ninguém suscita nenhuma duvida.
Pois em todas as áreas elas de fato balizam a população acerca de expectativas, riscos, possibilidades e alternativas. Como na Bolsa de Valores e na atividade comercial. Daí a conclusão de que elas não são nenhuma coisa execrável.
Contrariamente ao que pensam alguns, elas são um grande instrumento de aferição de tendências e da própria realidade. As nossas donas de casa que o digam. Elas são as testemunhas dessa grande verdade.
Mas percebe-se que as pesquisas têm muitas utilizações e finalidades. Algumas servem para um certo fim, enquanto outras servem para outros objetivos, completamente antagônicos e à vezes inconfessáveis,
Na área política então, essa confusão fica ainda mais clara, palpável e perceptível. Porque não há regras que definam sequer a inflexão correta das palavras quando elas são expressas para os ávidos ouvintes. Nem tampouco quando elas são escritas.
Todos esperam receber mensagens mediúnicas, como que antenadas com o além. O que não acontece, para o desespero da maioria. E isso quase sempre tumultua o cenário, tornando-o muitas vezes desalentador.
Por isso as pesquisas só se engrandecem após cumprirem o seu destino. Seja ele retumbante, tétrico ou sombrio. Seja o de antever os êxitos aguardados calorosamente por uns, ou o de confirmar as derrotas dolorosas, inesperadas e marcantes, de tantos outros.
Pois elas morrem na prática, após determinarem os episódios que ocorrerão no futuro. E somente depois disso é que elas voltam a reinar impávidas, como no passado, antes mesmo de terem acontecido.
Nelson Freire – Economista, Jornalista e Bacharel em Direito – [email protected]