ANA LUIZA

Ana Luíza Rabelo

A vida é repleta de caminhos, de escolhas. Cabe a cada um de nós optar, sempre, pelo que é certo, pelo que é justo e pelo que é bom.

Cada dia, ao levantarmos, abre-se à nossa frente um leque imenso de alternativas, dentre as quais iremos determinar o conteúdo do nosso futuro. A todo momento, elegemos prioridades, sentimentos; cada instante acontece exatamente como planejamos. Mesmo inconscientemente, somos nós quem determinamos o teor da nossa existência.

Muito tem sido escrito sobre o assunto. Milhares de livros de autoajuda enchem as bibliotecas particulares e seus ensinamentos correm o mundo de maneira incontrolável. Muitos, porém, leem os livros, contam suas histórias, discutem os assuntos e não dão aplicação prática desse aprendizado em suas vidas. Continuam a escolher errado, continuam a reclamar e seguem como se nada houvesse acontecido.

Já se diz por aí que “todo mundo tem uma história”, e é verdade. Todos temos experiências, bons e maus momentos vividos. Lutas, derrotas e vitórias. Todos vivemos um passado. O presente e o futuro são dádivas, são surpresas. A qualidade dos momentos idos não pode ser alterada. O que passou, passou, mas o valor, o ensinamento do que começa agora e do que está por vir, depende de cada personagem.

São nossas reações, a importância que damos às coisas e a forma com que respondemos a vida, que dão início e motivação para cada prova pela qual passamos. A vida deve ser encarada com seriedade e leveza. Deve ser protegida, respeitada e querida.

A vida é um grande restaurante, do tipo self-service, no qual nós optamos pelo que iremos provar. Devemos ter em mente que cada amanhecer traz uma imensa bandeja para nosso café da manhã. As opções são variadas. Amargura, meiguice, perdão, carinho, egoísmo, caridade e rancor estão no cardápio. Cabe a nós escolher os nossos pensamentos como escolhemos o recheio do nosso biscoito, tal e qual fazemos no supermercado.

É nosso dever escolher, não há como se escusar de reagir. O que se exige é a reflexão, é a mudança no comportamento diante de cada desafio. A vida é uma rígida professora, nos faz perguntas diárias e nós precisamos aprender, estudar mesmo, pois ela não aceita receber respostas erradas. Para “tirar dez” em viver bem, devemos agir com justiça, com retidão e com amor. As escolhas nem sempre são fáceis. Contar até cinco para não dar uma má resposta, engolir algum sapo, perdoar ao invés de guardar mágoas, dar no lugar de pedir, tratar o próximo da maneira exata que gostaríamos de ser tratados. Estas não são tarefas fáceis, mas são a coisa certa a se fazer. Nunca podemos esquecer que amigos devem ser conquistados, amores alimentados e lições são para serem aprendidas.

Ana Luíza Rabelo, advogada ([email protected])

As opiniões contidas nos artigos são de responsabilidade dos colaboradores

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