JOSUÁ COSTA

Carlos Alberto Josuá Costa 

O número excessivo de chamadas para recall de veículos, do mais popular ao mais sofisticado, tem chamado atenção pelo fato de evoluir cerca de 200% de um ano para outro, abrangendo países, os mais diversos.

É evidente que se olhar para o aspecto “Responsabilidade”, é louvável que os fabricantes tenham esse cuidado com o consumidor. Na verdade sabemos que esse esmero é primeiramente com eles próprios, pois em caso de “fatalidade” oriundas das falhas, além de repercutir no aspecto comercial, geram demandas judiciais de ordem incalculável.

Daí então, a bondade do chamado: “venha, mas venha mesmo, não paga nada e ainda concorre a um chaveiro ou até a uma viagem com acompanhante”.

Só no Brasil, três milhões de unidades foram gentilmente convocados para ajustes ou substituições de peças, somente no ano de 2015.

Bem, como meu carango não foi contemplado, me detive em meditação elucubrativa, em quanto seria interessante se nós, humanos, também fôssemos submetidos a esse chamamento pelo Criador, para uns ajustezinhos e troquinhas de órgãos com fadigas, atos duvidosos e até uma calibragem no juízo – antes do juízo final.

Quantas melhorias não seriam benéficas, principalmente no momento atual, onde os “defeitos de personalidade”, as “falhas de comportamentos e atitudes”, as “carências de ética e moral” se sobressaem à racionalidade dos bons costumes.

 Claro que a oficina – “Conserta-se Homo Sapiens”, estaria permanentemente lotada em busca de um checape que garantisse uma vida útil mais prolongada, com a quase certeza que não seria surpreendido por uma falha naquele “item” revisado pelo recall humano.

Sei que muitos nem ligariam para tal convocação, pois o seu moderno “computador de bordo” estaria programado para ignorar tal relevância, pois ele, o “humano” se considera infalível. Os outros, aí sim, apresentam defeitos, mas ele, ele não.

O egocentrismo fala mais alto e apenas a sua imagem ostentando aquilo que não são e que não tem, é mais significativo que se fazer uso real da generosidade, da tolerância e do amor ao próximo, no nosso cotidiano.

Fazer um recall no ser humano, certamente traria benefícios significativos para vivermos com menos agressividade tanto dentro de nossas casas, como nas demais relações que experimentamos diariamente.

 Se no “recall” o dito “humano” conseguir olhar para si e der conta que carrega em seu coração a imagem e semelhança de um ser perfeitamente criado para amar, ele conseguirá harmonizar-se consigo e com os outros.

Existe, porém uma maneira infalível de se evitar o constrangimento do recall é a chamada “revisão periódica”.

E essa advém da educação continuada, nos lares, nas escolas, nas instituições, primordialmente de nossas crianças e jovens que conduzirão os destinos cívicos e morais da cidadania brasileira.

Sabemos que os tantos problemas sociais, com falta de investimento assertivo em todos os seguimentos, estão gerando “defeitos” na sociedade atual, que atordoada, não sabe qual o caminho seguir para um mundo participativo e solidário com a humanidade.

Acredito sim que seja possível um “recall humano”.

Se tudo tem conserto, é plausível que o homem, também tenha.

Afinal o Fabricante (Deus) da linha “Homo” modelo “Sapiens” diz no seu Manual de Instruções (Bíblia), que ama o que faz e de tal maneira disponibilizou um Mecânico (Jesus) para nos orientar no caminho do bem, de modo a não perecermos e sim alcançarmos a vida eterna.

Confira em João 3:16.

Carlos Alberto Josuá Costa – Engenheiro Civil e Consultor ([email protected])

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