ADAUTO MEDEIROS FILHO

                Quando os evangélicos começaram a fazer suas pregações,os católicos, especialmente, o Vaticano, olhavam e entendiam que aquilo era um momento passageiro e, portanto não precisava fazer uma marcação cerrada. Foi um erro. Quando resolveram enfrentar a situação os evangélicos já tinham chegado em números a quase metade dos católicos.

            Bom, ai os padres saíram de uma zona de conforto e foram à luta buscando diminuir a velocidade das transferências e hoje há certo equilíbrio. A mesma coisa aconteceu no Brasil na política com o PT e o PSDB. Os tucanos depois de passarem oito anos no poder e se olhando e se achando invulneráveis, deu no que deu. Perderam o poder para o PT.

                Acharam, no entanto que o domínio do PT era passageiro e logo voltariam ao poder politico, o que não ocorreu. Depois de 12 anos sendo derrotados, entenderam que sem luta e muita coragem de enfrentar o adversário ficarão chupando o dedo infinitamente. Agora parece que pretendem iniciar uma oposição, porém não ainda tão forte como a do PT, mas que pelo menos começa a existir.

           Nunca tiveram a preocupação de transformar o PSDB em um partido nacional e cada dia se transformaram em um partido paulista, achando talvez que os brasileiros eram obrigados a votar neles como faz todo o Brasil que paga ICMS, Imposto Sobre Circulação de Mercadorias, a São Paulo, quando compra qualquer mercadoria lá.

            Como São Paulo é o estado mais industrializado do país o governo federal fez um imposto pago na fonte quando qualquer brasileiro compra qualquer mercadoria. Ora, a ideia parecia logica: se um estado que tem 70 deputados federais em um universo de 513, tudo que é de interesse deles e não do resto do Brasil passa com tranquilidade no plenário.

              Cabe a pergunta: será que não são os grandes empresários, incluindo os Bancos, quem financiam o Congresso como um todo? Hoje temos os dois partidos mais importantes do país, em São Paulo, o PT e o PSDB e, portanto, estão sempre no poder. Quem vive fora do céu só há mesmo o inferno como opção.

Adauto Medeiros, engenheiro civil e empresário. [email protected]

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