O pesquisador potiguar Douglas Soares Galvão, 52 anos, é hoje um dos expoentes da Nanotecnologia mundial. Em seu laboratório no Instituto de Física Gleb Wataghin (IFGW) da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) vem atuando em segmentos como o dos cilindros microscópicos feitos com carbono, chamados de Nanotubos, que são 100 mil vezes mais finos que um fio de cabelo. Material com forte rigidez e alta condutividade elétrica que promete revolucionar a tecnologia eletrônica nos próximos anos. Os Nanutubos de carbono deverão substituir, em breve, o silício como matéria-prima para a telefonia celular, televisão e computadores em geral.

Douglas Galvão é natural de Currais Novos, formado em Física pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), com mestrado e doutorado em Física pela Unicamp e pós-doutorado na Bell Communications Reasearch (EUA) e Princeton University (EUA). Atualmente é professor titular do Departamento de Física Aplicada da Unicamp.

O professor Douglas entende que o Brasil tem avançado na Nanotecnologia e que deu um salto também na qualidade da Ciência Básica, mas não está conseguindo transformar isso em riquezas. Douglas questiona a falta de iniciativa do setor empresarial para investimentos em pesquisas. “Um país que o segundo maior número de patentes vem de uma universidade tem algo errado, isso devia vir da área privada”, argumenta.

Por seu potencial de se fazer presente em várias áreas, a Nanotecnologia cria novos nichos de mercado. A Nanotecnologia brasileira já participa, por exemplo, da economia em geral através de tintas com óxido de titânia (patente da Unicamp), cerâmicas nanoestruturantes (compostas com nanoestruturas que modificam cor e dão mais resistência), e da Siderurgia.

Também já existem no país várias Startups (embriões de empresas costumeiramente voltadas para a tecnologia) buscando produzir produtos envolvendo a Nanotecnologia nas áreas de cosméticos e de diagnósticos médicos com rapidez.

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