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PROFESSOR GERALDO DE PINHO PESSOA – 

Compôs Nelson Cavaquinho em parceria com Guilherme de Brito “Sei que amanhã quando eu morrer os meus amigos vão dizer que eu tinha um bom coração”. Pura verdade, a gente vai chegando a uma idade que só é lembrado depois de morto. Morreu  Geraldo de Pinho Pessoa, figura humana de grande caráter que Natal, seus amigos e seus alunos lhe devem homenagens, homenagens que deviam ter sido prestadas em vida.

GERALDO DE PINHO PESSOA, nasceu em Viçosa do Ceará / CE, em 06/11/1927. Cursou o ensino primário em sua cidade natal, seguindo para a cidade de Fortaleza, onde concluiu o ginásio e cientifico. Ingressou na Escola de Engenharia da Universidade de Recife. Concluindo os cursos de Engenharia Civil, Industrial e Mecânica, no dia 12/12/1953. Começou a lecionar matemática durante o curso universitário, a alunos particulares e posteriormente em cursinhos. Concluído o curso, foi trabalhar nas obras de ampliação do Porto de Recife, indo em seguida, para a cidade de Picos / PI, para trabalhar na construção da Estrada de Ferro.

Em junho de 1957, foi convidado para assumir a direção do Departamento Nacional de Obras e Saneamento – DNOS, na cidade de Natal, permanecendo em sua direção por 32 anos, onde participou diretamente de varias obras, tais como: Barragem Engenheiro José Batista do Rego Pereira em Poço Branco, Drenagem do Bairro da Ribeira em Natal, Ponte / Comporta em Senador Georgiano Avelino, Ponte / Comporta de Estivas em Extremoz, Dragagem do Rio Ceará – Mirim, entre tantas outras.

Antes de fixar residência em Natal, casou-se com sua conterrânea Maria Rosália Mapurunga de Pinho Pessoa em 18/05/1957, passando a residir inicialmente na Praia de Areia Preta, onde teve dois filhos, Rosângela de Pinho Pessoa e Rogério de Pinho Pessoa, que seguiram a carreira do pai, concluindo o curso de Engenharia Civil da UFRN.

Conjuntamente com suas atividades no DNOS, voltou a lecionar matemática em cursinhos e posteriormente na Universidade Federal do Rio Grande do Norte, onde foi um dos fundadores da Escola de Engenharia. Aposentou-se em 1990, ensinando neste período diversas disciplinas, entre elas, calculo, mecânica dos fluidos, astronomia, mecânica dos solos, topografia e hidrologia.

Com a finalidade de aplicar seus conhecimentos nas áreas de Topografia e Mecânica dos Solos, fundou a empresa GEPÊ ENGENHARIA LTDA em 04/05/1977, onde realizou inúmeros trabalhos em todo o estado, e eventualmente nos estados do Piauí, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Alagoas e Bahia.

Era uma pessoa alegre, brincalhona, adorava música onde partilhava com os amigos  tocando o seu saxofone.

Professor, conhecedor da matéria, puxava muito pelos alunos, mas sempre amigos de todos. As suas provas valiam noites sem dormir para não sermos reprovados. Tinha a mania de passar os quesitos, resolve-los durante a prova, e jogar displicentemente no lixo. A turma ficava esperando e às vezes pegava  este rascunho. Pois bem, ele descobriu e certa vez fez que estava calculando os quesitos e demorou acima do normal. A turma na expectativa. Então, deixou cair o rascunho quase nos pés do amigo e colega Flávio Azevedo que tentou pega-lo, mas ele não permitia, pois olhava de imediato para Flávio. Depois de certo tempo ele permitiu que Flávio apanhasse e lesse., estava escrito: v.ão estudar vagabundos.

Era assim professor Geraldo, muito rigoroso, mas muito amigo dos seus alunos. Dos seus amigos.    

Guga Coelho LealEngenheiro e escritor

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