Carne bovina: alta de 14,70%. Despesas com educação: aumento de 11,77%. Gastos com vestuário: 9,64% maiores. O crescimento dos preços e a subida dos juros têm mostrado, de forma cada vez mais evidente, uma retração do poder de compra na capital potiguar. Agora, uma simples ida ao supermercado, sem o devido cuidado nos valores cobrados, pode significar um desajuste considerável no orçamento familiar.
De acordo o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), levantamento feito pelo Idema/RN, o consumidor de Natal começou o ano, em relação à junho de 2014, pagando menos nos itens da cesta básica. No entanto, a alegria durou pouco. Sete meses depois do 1º dia de 2015, no acumulado dos 12 meses, a variação apenas nos preços de alimentação e bebidas cresceu 12,61%.
Carne
Ainda no caso da carne bovina, o valor médio para 4,5 kg, capaz de abastecer uma família de 4 pessoas, saltou, neste período, de R$ 76,25 para R$ 87,46. O aumento, inclusive, serve como base, praticamente sozinho, para explicar a variação da cesta básica, que subiu de R$ 268,94 para 290,06, o que representa 7,85% de aumento.
Apesar da alta de determinados produtos e do crescimento do preço da cesta básica em Natal, nos últimos doze meses, há certos pontos destacáveis. Em pesquisa semelhante feita pelo Dieese/RN (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), o preço médio por pessoa para a compra dos itens básicos evoluiu de R$ 292,49 para R$ 302,76, e o custo com a carne é o maior do Nordeste. No entanto, na análise do tempo de trabalho necessário para atingir este montante financeiro, houve queda de 88h53min (junho/14) para 84h32min (junho/15).