A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) começou, ontem (6), a venda de 4,6 mil toneladas de milho em grãos para os pequenos, médios e grandes agropecuarista do Rio Grande do  Norte. Nesta sexta-feira (10) está previsto o leilão de mais 12,38 mil toneladas, mas o  superintendente do órgão, João Maria Lúcio, admite que a demanda é muito maior, cerca de 25 mil toneladas/mês, “dependendo do plantel de animais de cada criador”, em relação ao rebanho de caprinos, ovinos, bovinos e equinos, além de aves, porcos e outros animais.

Por conta de uma queda de energia elétrica na segunda-feira (6),  segundo João Maria Lúcio, a Conab atrasou a venda do milho em grãos, o que começou, na manhã de ontem, com o restabelecimento do serviço de energia elétrica e a entrada em funcionamento do sistema on line de emissão de nota fiscal, baseado no programa de informática usado pela Companhia – X-FAC.

Em virtude da pouca oferta de milho, a Conab limita a venda da saca de 60 quilos do milho a 1,8 toneladas para atender os pequenos criados, principalmente aqueles situados no sertão, que abrange a maior parte do Polígono das Secas, o equivalente a mais de 90% da área do Estado.

O presidente da Associação Norteriograndense de Criadores (Anorc), Antonio Teófilo de Andrade Filho, disse que a oferta do milho da Conab, “é realmente muito menor do que o necessário”, diante das dificuldades que os criadores estão tendo para alimentar o rebanho por conta da seca que entrou para o terceiro ano: “De qualquer maneira é um alento”.

Antonio Teófilo afirmou que em algumas regiões do Estado ainda existe pasto natural para os animais, que tende a acabar com o prolongamento da estiagem. O mais grave, segundo ele, é a falta de água, o que tende a piorar com a aproximação do fim do ano, “se não chover em dezembro, o que acho difícil”.

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