NELSON FREIRE 1

Andando de automóvel pela avenida Prudente de Morais, vindo do Alto da Candelária, em direção ao centro da cidade, eu me deparei com uma situação no mínimo esdrúxula. Um belo sinal de trânsito funcionando normalmente ali na confluência da avenida com a Rua Sete de Setembro.

Ocorre que a menos de dez metros desse referido semáforo, uma cancela eletrônica também domina impávida aquela paisagem. E ela faz com que os veículos diminuam forçosamente a velocidade, sob pena de receberem uma pesada e indesejada multa.

Percebe-se aí logo de cara, uma enorme redundância. Em menos de dez metros de distância, a coexistência de dois instrumentos que servem para uma mesma finalidade: a de regular o tráfego dos veículos naquelas imediações. Uma delas com função declaradamente punitiva.

Mas até aí tudo bem. Fosse somente esse o problema, até que dava para ele ser perdoado. Até porque o exagero poderia ser debitado na conta do excesso de zelo profissional de quem criou essa situação. O caso é que a insanidade vai alem e não pode deixar de ser mencionada.

O detalhe que transforma a situação em esdrúxula é que ali não se trata de nenhum cruzamento. A Rua Sete de Setembro é uma rua pequena, sem expressão e sem volume de tráfego, que jamais cruza com a Avenida Prudente de Morais. Apenas deságua na avenida principal.

Onde estão os técnicos responsáveis pela sinalização da cidade? Eles precisam estar atentos para não haver tantas distorções como essa. Há muitas ruas mal sinalizadas, precisando de semáforos.  Enquanto isso, noutras ruas, só o caos. Por que umas com tanto e outras sem nada? O cidadão quer saber!…

Nelson Freire – Economista, Jornalista e Bacharel em Direito – [email protected]

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