NELSON FREIRE 1

Final da tarde, início de noite, o celular toca e com ele uma agradável surpresa. Do outro lado da linha, o amigo-irmão Diógenes da Cunha Lima, direto de Vancouver, no Canadá. Com saudade dos amigos, ligando para saber das novidades daqui.

E fala um pouco da friorenta e desenvolvida cidade canadense. Onde ele pode passear todos os dias nas ruas, sem medo de ser assaltado. Com segurança, como a que havia no Brasil e em Natal em tempos idos, durante os saudosos Anos Dourados.

Percebi que ele sequer falou da ameaça do vírus Ebola, que os portugueses chamam de Ébola, que recomeçou a aterrorizar alguns países. E que preocupa muita gente, pois matou nos últimos dias mais de 1.000 pessoas na Africa, tendo infectado outras 1.700.

Lá o assunto não causa tanto terror como no Brasil. Aqui já começamos a ficar alarmados, e com justa razão. Mesmo considerando que não será fácil haver a epidemia do vírus entre nós, ficamos com uma pulga atrás da orelha azucrinando o nosso juízo.

Afinal, se não conseguimos debelar no século XXI uma epidemiazinha simplória como a da Dengue, vencida no passado por Oswaldo Cruz, como haveremos de vencer uma epidemia de vírus tão letal? Oh Senhor e Todos os Santos: Ora-pro-nobis!

Ainda bem que as noticias dos médicos americanos que voltaram aos Estados Unidos são tranquilizadoras. E que a possibilidade do Ebola chegar aqui de avião é remota.

Mas foi aí que eu me lembrei de Caetano: O Haiti é aqui! E senti que alguém poderia emendar: E a África também! Então eu me perguntei, trincando os dentes, cá com meus botões: Que diabos!! E por que não Vancouver ?

Nelson Freire – Economista, Jornalista e Bacharel em Direito – [email protected]

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