CARLOS ALBERTO JOSUÁ COSTA

Carlos Alberto Josuá Costa

Comecei a prestar atenção ao significado da ligação que um “neto” tem com seus avós, através da amiga Delma Dantas. Naquela oportunidade seu sorriso era sempre mais largo e, a adjetivação de “Super” expressava a dimensão desta perfeita ligação de Deus entre gerações alternadas.

Não é de estranhar que boa parte das minhas inspirações para continuar tocando o plano de Deus, tenha vindo de um ânimo novo que a presença de Lucas Josuá Rocha, “menininho de vovô”, proporcionou.

É certo que com chegada dos filhos, um primeiro prumo é dado em nossa vida, pois a responsabilidade em dotá-los das condições mínimas para a caminhada terrena é de doação plena, ao ponto de fazê-los seguros e confiantes em seguirem os seus destinos.

Quando os netos nascem, parece que as mudanças ocorridas com os filhos são ainda maiores. Há uma transformação na vida, onde os sentimentos e emoções adormecidas pela “dureza” dos anos na educação e manutenção dos filhos ressurgem de forma mais branda e flexível.

Na verdade, os pais amadurecem.

Com o passar dos anos, as dificuldades encontradas, os percalços das necessidades, a aproximação do fim do plano existencial – de forma mais nítida, faz com que a chegada de um neto, seja um tempo novo, um fôlego, uma bênção de Deus.

Além disso, hoje, com a mudança na forma mantenedora da família, pai e mãe, se somam no sustento financeiro da família, alterando de forma significativa o convívio familiar em relação aos filhos. Surge aí um novo papel para os avós atuarem: o compartilhamento diário, o de contribuir com a educação, o de brincar e o de ajudar na formação de sua personalidade

A presença dos avós na convivência com os netos fortalece os vínculos afetivos, contribuindo para que aprendam, mutuamente, a respeitar e aceitar as diferenças – conceitual e cultural entre eles.

A boa relação entre eles – avós e netos proporciona uma série de benefícios, que vão desde o “tchau depressão” a “proteção e amor”.

Para os avós representa um tempo de renovação. É como o elixir da juventude, pois o neto exigirá deles, atividades lúdicas, mobilidade e motivação para ações que estavam adormecidas. Somos avós mais sintonizados com o mundo atual, pois os netos cobram de nós integração em todos os segmentos sociais, inclusive com as novas tecnologias, que para eles são tão naturais.

Para os netos, a sensação de que há mais um ponto de sustentação além dos pais, dando a eles a confiança de que as relações familiares estão mais fortes e ancoradas por esta convivência.

Eu, como avô, percebo todo esse movimento, toda essa magia e, me desdobro em amor e carinho, sem perder a oportunidade de ressaltar os valores morais e religiosos, em tudo e em todos os momentos que juntos brincamos, estudamos, conversamos e rezamos.

Sei o momento certo para dizer “sim” como também para dizer “não”, desde que seja para seu crescimento, hoje como um pequenino cidadão, amanhã como um homem integrado à sociedade.

Sei sorrir de suas “presepadas” e sei chorar quando os dias ficam mais longos sem sua presença.

Com ele aprendi a me desprender de certas “durezas” do coração e continuo, ainda hoje, aprendendo a ser melhor que ontem.

A ligação entre um neto e seus avós ultrapassa o entendimento da ternura e da infinitude do amor.

É uma relação de bem-querer.

É uma perfeita ligação com Deus.

Carlos Alberto Josuá Costa – Engenheiro Civil e Consultor ([email protected])

As opiniões contidas nos artigos são de responsabilidade dos colaboradores

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *