PARA AFASTAR A TRISTEZA –

Nestes tempos de decepção e indignação dos brasileiros, em face da eleição comprovadamente fraudulenta, que deu a vitória ao “descondenado”, num arrumadinho que já antecipou a sua diplomação para o dia 12, restam  ao povo descontente, apenas, os telões espalhados pela cidade, com a transmissão dos jogos da Copa do Mundo, que está sendo realizada no Qatar. Saudade do tempo em que a Seleção Brasileira vestia a sua camisa com o coração. Tempos idos e vividos.
Antes mesmo de ter tomado posse, o que ocorrerá no dia 1 de janeiro de 2023, o presidente eleito já está exercendo o governo provisório, com ânsia de cifrões exorbitantes, e querendo açambarcar o dinheiro público.

“CALE-SE, povo brasileiro!!!” – .”PERDEU, MANÉ!!!NÃO AMOLA!!!” –  Dizem os supremos encapados. Enquanto isso, o legítimo presidente ainda é Jair Messias Bolsonaro, que está sendo  ignorado pela corja vermelha do governo provisório, quase todos com passagem pela lava-jato.

Os leitores e torcedores, amantes do Futebol, nestes tempos intranquilos em que, no Brasil, se ergue uma “estátua à corrupção”, necessitam de razão para sorrir.

Até o próximo  dia 18 de dezembro, quando acontecerá a partida final da Copa do Mundo,  o brasileiro verde e amarelo tem Pão e Circo à vontade, para se divertir. Enquanto isso, o País caminha para mergulhar na mais terrível corrupção da História. A “moeda” padrão a ser adotada pelo novo governo já passou a ser “bilhão”.

Neste momento, o Futebol é o melhor remédio para afastar a tristeza do povo verde e amarelo, como pretende a ala do cordão encarnado, do País do carnaval.

O torcedor precisa ter razões para sorrir, nos dias de hoje, mesmo que o nosso País esteja prestes a ser abocanhado por um  faminto monstro devorador do dinheiro público, que vimos “emergir da lagoa”, numa descondenação fantástica. Para o monstro devorador, o Céu é o limite da ladroagem.

O Futebol tem o condão da catarse circense, com que os velhos sábios de Roma lambuzavam o pão triste das massas. Não podendo xingar o patrão que o rouba, o operário xinga os juízes das partidas e procura insultá-los, como se fosse o bandeirinha mais próximo, o responsável  procurador da prepotência, do arbítrio e dos outros sinais do mundo injusto que o oprime.”
Evocando Milton Pedrosa (1911 – 1996), em “O RISO – NÃO O PRANTO – É LIVRE

Futebol é guerra, é jogo, é arte, é uma graça, mora?

É uma e outra. É uma coisa de cada vez e tudo isso ao mesmo tempo. De onde o suor e o sangue, a alegria e as lágrimas. O choro e o riso.

O craque dribla? – ganha aplausos. O juiz claudica? – Recebe vaias. O dirigente impera indiferente? – Herda o desprezo…o esquecimento.

Mas o futebol é, sobretudo, vida. A emoção do momento inédito, sempre criado e recriado para as imensas plateias.  Cada um deles, inesperado. Dramático, curioso, violento, umas vezes. Divertido, alegre, hilariante, muitas outras.  Ontem, hoje, amanhã.

Todos os dias, em qualquer parte, a qualquer hora,  Nos estádios-monumentos, nos campos de pelada. Onde quer que a bola role,  e se desenrole uma partida.  Aí estarão, de mãos dadas, lágrimas e risos.

O riso que vem de longe, Que corre através dos tempos, desde as primeiras experiências  do homem ante a pelota. Desde  que  este descobriu o jogo, a guerra, a garra, a arte, a graça, mora. Desde que descobriu o jeito de  atuar  com a bola nos pés.

Desses momentos, nasceram histórias hilárias, episódios, casos.  Nascidos da realidade, nos campos de jogo, na relação bola-homem- e homem-bola-homem

Seus autores são os craques ou os pernas-de-pau que, de bola nos pés, dançam o mais fascinante balé que as multidões veem e reveem.

E procuram como a um novo pão-nosso de-cada dia.

O leitor – como o torcedor – merece ter do que rir nos dias de hoje.”

Atualmente, a corrupção é vista abraçada  aos ministros togados e às velhas raposas socialistas. Para afastar a tristeza, Futebol é o melhor remédio.

O torcedor precisa de razões para sorrir nos dias de hoje, mesmo quando o nosso País esta prestes a ser abocanhado por um faminto monstro devorador do dinheiro público, onde o céu é o limite.

Pelé surgiu para os olhos do mundo na Copa de 1958, disputada na Suécia, quando o Brasil foi Campeão. O que pouca gente sabe é que aquele então adolescente de 17 anos, ficou de fora dos dois primeiros jogos (3X0 na Áustria e 0X0 na Inglaterra).

Na comemoração, surgiu a famosa marchinha “A taça do mundo é nossa, com o brasileiro, não há quem possa”.

Entretanto, das músicas comemorativas da Copa do Mundo, considero a mais bonita e significativa, até hoje, o “Frevo do Bi”.  da Copa de 1962- autoria de Silvério Pessoa e gravada por Jackson do Pandeiro.

“Vocês vão ver como é,/ Didi, Garrincha e Pelé/ Dando seu baile de bola…”

 

 

 

 

 

 

Violante Pimentel – Escritora

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