FLAVIO RESENDE.

Flavio Rezende

A turma gay costuma reverenciar a esquerda e pensa ser ela uma grande aliada. Sei que o tempo muda e os camaradas revisam algumas coisas e outras não. Em todo caso vale conferir como os gays eram tidos e ainda são em alguns regimes esquerdistas. Confira.

Foi no dia dezoito de dezembro de 1950, há pouco mais de um ano do nascimento da República Popular da China, e após duas décadas de uma guerra civil amarga e sangrenta, que Mao Tsé Tung – o homem que faria Adolf Hitler parecer um coroinha indefeso – declarou aquela que viria a ser talvez a melhor definição de sua ideologia: “Comunismo não é amor, comunismo é um martelo com o qual se golpeia o inimigo.”

De todas as formas e cores que o amor poderia se manifestar, apenas uma seria aceita pelo regime vermelho. Gays se tornariam inimigos e seriam golpeados em campos de concentração na China, União Soviética, Albânia, Sibéria, Cazaquistão, Bulgária e Hungria.

Na Romênia, a orientação oficial de Ceausescu para a Securitate era a de, em caso de homossexuais flagrados fazendo sexo, o devido espancamento ou execução no local como exemplo público. Quase todos os estados comunistas baniram associações políticas e comunitárias de gays e lésbicas, impedindo a publicação de material LGBT.

Gays e lésbicas foram constantemente denunciados, perseguidos, demitidos, presos, humilhados, censurados, deportados, castrados e executados em quase todos os países em que a esquerda promoveu seus regimes totalitários ao longo do último século. Por onde o socialismo passava, o discurso de que a homossexualidade era uma prática burguesa se repetia.

Lenin foi taxativo para a jornalista alemã Clara Zetkin: “Parece-me que esta superabundância de teorias sobre sexo brota do desejo de justificar a própria vida sexual anormal ou excessiva do indivíduo ante a moralidade burguesa e reivindicar tolerância para consigo. Não importa quão rebeldes e revolucionárias aparentam ser; essas teorias, em última análise, são completamente burguesas. Não há lugar para elas no partido, na consciência de classe e na luta proletária.”

Minha opinião pessoal, hoje alguns setores da direita tratam os gays de maneira pejorativa e preconceituosa também. Parece que anda precisando de bom senso a esquerda e a direita em alguns países, para perceber que cada um é cada um e nesse sentido, cada um é o que quer ser. E isso deveria ser simples e absolutamente normal.

Flavio Rezende, Jornalista, Escritor e Ativista Social

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