OS BENEFÍCIOS E APLICAÇÕES DO DESENHO PARA PACIENTES COM CÂNCER –

O desenho é uma forma de expressão, que permite ao paciente com câncer, seja ele criança ou adolescente, expressar seus sentimentos e emoções, o que pode ser muito útil para lidar com o estresse, a ansiedade e o medo associados ao diagnóstico.

Além disso, ele pode ser também, um importante recurso de comunicação para os pacientes que têm dificuldade de falar sobre suas experiências e angústias durante o tratamento. Por meio do desenho é possível expressar os sentimentos de forma não verbal, o que pode ser mais fácil e menos doloroso para eles.

Nesse sentido, a Casa Durval Paiva oferece semanalmente a oficina de desenho para seus pacientes, que acontece no setor educacional da Instituição, um dia na classe domiciliar e um dia no hospital, ministrada por um ex – paciente, atualmente, transplantado e curado do câncer.

Hoje, ele desenvolve um trabalho voluntário, ensinando a arte de desenhar na classe hospitalar, que aprendeu durante o tratamento, se descobrindo como artista, e fazendo uso das técnicas do desenho voltado para o autorretrato, e além de ensinar, comercializa suas obras.

Durante as aulas, principalmente no hospital, é possível perceber que o desenho é uma forma que os pacientes se conectam com outras pessoas. Ao desenhar e compartilhar seus desenhos com os outros, os pacientes com câncer podem sentir-se menos isolados e podem aprender com as experiências de outras pessoas.

Assim, observamos que a aplicação do desenho para pacientes com câncer, oportuniza benefícios terapêuticos voltados para melhoria da expressão de sentimentos e emoções; a comunicação e a conexão com outras pessoas durante o tratamento.

O câncer impõe mudanças, que exigem readaptações de enfrentamento à doença, com condições impostas pelo adoecimento, que exigem compreensões das diferentes respostas físicas e emocionais apresentadas pelo tratamento e, por isso, o desenho é uma ferramenta terapêutica valiosa, que pode ajudar crianças e adolescentes com câncer a lidar com as adversidades de enfrentamento à doença.

 

 

 

 

Sandra Fernandes da Costa – Coordenadora Pedagógica da Casa Durval Paiva

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