OLIMPÍADAS –

Não pairam dúvidas de que os Jogos Olímpicos são o maior evento esportivo do planeta. Corrobora-se tal constatação através a participação nas Olimpíadas de Tóquio-2020, de 203 dos 206 países existentes na Terra – incluídas na relação as 13 nações não reconhecidas pela ONU. Mais de 11.000 atletas disputando 46 modalidades esportivas estando o Brasil presente em 35 delas.

As primeiras competições olímpicas aconteceram na Antiguidade – 776 a.C. – como celebrações de paz entre cidades-Estados gregas. Porém, somente em 1896, em Olímpia, na Grécia, surgiu a primeira edição dos Jogos Olímpicos da Era Moderna que evoluíram até se transformarem na extraordinária versão da 30ª Edição das Olimpíadas de Verão que se encerra neste final de semana no Japão.

Uma nação ao se sair bem numa Olimpíada, além de angariar o orgulho dos compatriotas, consegue prestígio, respeito e admiração no mundo esportivo e é vista com outros olhos no cenário político internacional. Daí tanto esforço e investimento na luta pelo ingresso e sucesso na competição.

Os cinco países que mais medalhes obtiveram em todas as versões das Olimpíadas de Verão são: Estados Unidos, União Soviética, Grã-Bretanha, França e China.  Estando os Estados Unidos com 2.523 medalhas (ouro, prata e bronze), bem adiante da Rússia com 1010 medalhas.

O Brasil participou de 22 das 28 edições de Jogos Olímpicos de Verão – não compareceu as cinco primeiras de 1896 a 1912. Começou em Antuérpia-1920 e, de lá para cá, a única ausência foi em Amsterdã-1928. Foram 129 medalhas: 30 de ouro, 36 de prata e 63 de bronze.

A Rússia, durante anos, usou e abusou do doping em atletas. Foi banida das competições e somente retornará a elas em 2022. Nesse interregno os russos disputaram as diferentes modalidades dos Jogos Olímpicos com a sigla ROC – Russian Olympic Committee – ou Comitê Olímpico Russo. Não se hasteava a bandeira do país nos pódios nem se tocava o hino da Rússia, substituído por um fragmento do Concerto nº 1 para Piano e Orquestra, de Tchaikovsky.

A facilidade de adaptação aos costumes da época incluindo novas modalidades esportivas, mantém acesa a chama do interesse do mundo pelas competições. A cada edição novos esportes são acrescentados em permanente inovação que se acumulam aos cinco grupos originários da Grécia Antiga: corridas, provas atléticas, lutas, pentatlo e provas hípicas.

Estrearam na 30ª Edição das Olimpíadas as seguintes modalidades: skate, surfe, karatê, beisebol/softbol e escalada esportiva. De todos, o mais esdrúxulo é a tal escalada esportiva. Consiste em dois atletas em uma corrida vertical para subir mais rápido em uma parede de 15 metros. O recorde mundial na categoria masculina é de 5,63 segundos e, na feminina, 6,96 segundos. Diante da TV, quando eu quis me fixar na prova já havia acabado a disputa.

As pretensões brasileiras para esta edição das Olimpíadas de Verão serão ultrapassar os recordes obtidos nos Jogos do Rio de Janeiro, em 2016: a primeira, ultrapassar as 19 medalhas conquistadas; a segunda, ampliar o número de sete medalhas de ouro; e, a última, obter posição melhor que a 13ª no Quadro de Medalhas.

A primeira delas já conseguiu. A expectativa, agora, é quanto aos dois outros objetivos que serão definidos neste sábado. Enquanto isso torçamos pelo esforço e determinação de nossos atletas olímpicos, a fim de comemorarmos algo positivo num Brasil seriamente abalado por problemas políticos, sociais e econômicos.

 

 

 

 

José Narcelio Marques Sousa é engenheiro civil

As opiniões contidas nos artigos são de responsabilidade dos colaboradores

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