O REINO DE DEUS EM NOSSAS VIDAS – 

E lhes disse: “Garanto-lhes que alguns dos que aqui estão de modo nenhum experimentarão a morte, antes de verem o Reino de Deus vindo com poder”. (Marcos 9:1)

Segundo a interpretação de muitos (inclusive de estudiosos das Escrituras), essa profecia não se cumpriu até hoje. E por que? Porque essas pessoas entendem que a vinda do “Reino de Deus com poder” seria o estabelecimento de um governo temporal, nos moldes tradicionais, tendo Jesus como governante. E isto, até o presente momento, não aconteceu, e as pessoas que ouviram essas palavras da boca de Jesus não estão mais, fisicamente, vivas.

Ocorre, todavia, que Jesus está se referindo ao verdadeiro Reino de Deus, isto é, ao estado de espírito, de felicidade e gozo, sabedoria e amor, experimentado por aqueles que conhecem a Verdade, por aqueles que já se encontraram, já sabem quem são. Para esses, o Reino de Deus já se fez presente, real – estejam essas pessoas onde estiverem, e seja em qual tempo for. Desse modo, com absoluta certeza, alguns dos que ali estavam ao lado de Jesus conceberam a Verdade – como Jesus profetizou. E, para esses, o Reino de Deus chegou e eles viram a sua Glória.

A seguir apareceu uma nuvem e os envolveu, e dela saiu uma voz, que disse: “Este é o meu Filho amado. Ouçam-no!” (Marcos 9:7).

À quem aquela voz foi dirigida? A Jesus? Sim, a Jesus. Mas, Moisés e Elias não seriam também seus filhos? E também não seriam amados por Deus? E nós? Também não somos amados por Ele?

Qual o verdadeiro significado destas palavras de Deus?

Deus não faz acepção de pessoas – mas devemos nos habilitar a estar próximos a Ele, ou seja, precisamos nos purificar para compartilharmos de Sua glória, assim como o Cristo-Jesus partilhava da Glória de Deus, antes da fundação do mundo, antes que tudo existisse – por isso Ele é o Filho unigênito de Deus.

A nós cabe seguir os ensinamentos do Cristo e nos capacitarmos a viver com Ele, onde quer que nos encontremos.

“Se alguém fizer tropeçar um destes pequeninos que crêem em mim, seria melhor que fosse lançado no mar com uma grande pedra amarrada no pescoço. (Marcos 9:42)

Conhecedor das leis que regem o universo, criadas pelo próprio Pai Celestial e por Seu intermédio; e sabedor do sofrimento que advém da prática de pensamentos, palavras atos e omissões desarmoniosos, pecados e todo tipo de maldade, Jesus constata e nos adverte que, se for fazer um mal, melhor seria, antes a isso, está morto – pois assim não teria a chance de fazê-lo, e, consequentemente, não sofreria as consequências. Isto porque o sofrimento vem. A lei da causa e do efeito, a lei do equilíbrio, a lei da harmonia, a lei do karma – dê-se o nome que se queira – é justa, porque “cada um colhe o que se planta”. Daí ser melhor, perder uma mão, um pé, um olho do que perder a salvação, isto é, afastar-se de Deus. Em outras palavras, deve-se encarar as perdas materiais como necessárias e benéficas; deve-se aprender a se desprender de tudo que é passageiro e ilusório; deve-se agradecer a Deus por tudo; pois, “de que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?”, perder a sua paz, a sua alegria, a sua consciência do ser divino que é, a sua comunhão com Deus?

Que a paz do nosso Criador nos envolva e nos mantenha sob Sua bênção e proteção! Amém!

 

 

 

João Batista Soares de Lima  – Ex-secretário de Tributação e Membro da Arca da Aliança – Movimento Cristão.

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