João Batista Soares de Lima
O perdão sucede sempre a uma agressão, seja de você para com alguém, seja de você para com a Natureza, para com Deus ou para com você mesmo.
A agressão provém sempre de alguém inconsciente, ainda incapaz de compreender, verdadeiramente, o seu erro. Esse erro causa desarmonia e coloca o infrator em conflito com a unidade estabelecida no universo. E isto causa sofrimento.
O perdão é o recurso utilizado pelos envolvidos para recompor a harmonia perdida. Perdoar pressupõe sabedoria espiritual da “vítima”, pois não se trata de um simples “esquecer”, senão de “compreender” o estado de espírito do agressor. Pressupõe amor verdadeiro, pois não se encontra razão para o perdão fora do amor.
O perdão não beneficia apenas o agressor, mas, em primeiro lugar, beneficia ao agredido. Ao final, todos são beneficiados pelo perdão. Contrário senso, quando não há perdão, todos perdem! A vítima, porque não se libera para amar; o agressor, porque não liberado pelo amor; e o todo não se recupera dessa ferida – enquanto não se recompor a harmonia perdida.
Quem assim não compreende é porque ainda se vê isolado; ainda não se vê no próximo; ainda não vive em harmonia com o todo; ainda se separa de Deus, separando-se de Sua imagem e semelhança que dá vida a seu irmão.
O perdão trás a harmonia, a harmonia trás a paz, e a paz é imperativo categórico para o amor.
Perdoemo-nos pois; amemo-nos verdadeiramente; e vivamos em paz com todos e com tudo. Vivamos em unidade com o mundo de Deus – e com o Deus do mundo. Amém!
João Batista Soares de Lima – Membro da Arca da Aliança – Movimento Cristão