O LADO BOM DA INTERNET – 

É sabido que a internet modificou a forma de comunicação no planeta. A veiculação clara, rápida e barata para receber e enviar informações se tornou algo extraordinário, inimaginável de conceber. Por outro lado, permitiu que mentes doentias e sem escrúpulos, desprovidas de quaisquer limites ou critérios, utilizem o veículo com o fito de deturpar notícias, ludibriar pessoas e engabelar incautos em proporções descabidas.

A todo instante somos bombardeados por notícias falsas – as terríveis fakes news -, focadas em falcatruas comerciais de toda ordem e dimensão, e em temas controversos como futebol, religião e política. Contra todas eu estou vacinado. Não dou o mínimo cabimento de sequer abrir as janelas de acesso, fazendo de antemão as triagens necessárias para interromper as correntes de mentiras.

É verdade que uma imagem vale mais que mil palavras. Todavia, quando essa imagem é editada apenas para ludibriar pessoas de boa-fé o efeito é devastador, sobremaneira em pessoas menos esclarecidas, pois consiste na consolidação da maldade no mais elevado estágio. Esse é um dos efeitos negativos veiculados pela internet.

Porém, existe, sim, o lado bom dos portais, quando nos deparamos com postagens de boa qualidade, agradáveis de ver, ler ou ouvir, de acordo com o gosto de cada indivíduo. São as emissões contendo musicais, concertos, obras de arte, documentários, receitas culinárias, explorações a recantos inexplorados, pensamentos, mensagens instrutivas e muitos outros assuntos edificantes.

Uma dessas divulgações, de autor desconhecido, direcionada para quem ultrapassou os 50 anos de idade fez-me, me trouxeram lembranças do passado. Emitia sugestões de como o idoso proceder para aproveitar o tal estágio da vida, mostrando vantagens e desutilidades de variadas situações.

Orientava, por exemplo, falar pouco e ouvir mais; não potencializar seus problemas, porquanto não interessar a todos; permanecer apegado aos sonhos sem jamais perder a esperança; e, não fazer caso das pessoas que falam mal de você, tampouco dar ouvidos aos que não acreditam na consecução de seus sonhos para o futuro.

Fecha a ladainha de aconselhamentos determinando que as pessoas acima dos 50 anos não devem mais tomar vinhos ruins. Foi exatamente nesse ponto que o autor do texto me tocou a sensibilidade, despertando a lembrança da juventude distante e de momentos bicudos atravessados sem dinheiro suficiente no bolso.

O autor do texto, certamente gosta de um vinho bom para ser enfático na declaração. Assim como eu, em tempos pretéritos de pouca grana, curtiu carraspanas homéricas com velhos amigos à base do popular Sangue de Boi, vinho da Granja União vendido em garrafões de cinco litros – arre égua! Ou, na melhor das hipóteses, quando aparecia um dinheirinho extra para a degustação de um Château Duvalier ou do menos apreciado Liebfraumilch – por ser um vinho branco – para curtir a bebida dos deuses.

Outras variadas e benfazejas situações tornaram a internet indispensável no mundo moderno, principalmente, para a população de baixa renda. Somente o fato de viabilizar a comunicação com parentes e amigos, e com quem mais desejar, mediante veículo portando voz, imagem e cor, que alcança os mais longínquos recantos do planeta, transforma essa invenção na benfeitoria do século, no tocante a ações sociais e humanitários. Digo e repito!

 

 

 

 

 

José Narcelio Marques Sousa – engenheiro civil

As opiniões contidas nos artigos são de responsabilidade dos colaboradores

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *