O FUTEBOL COM A MELANCIA NO PESCOÇO –

Sou um orgulhoso sobrevivente da safra do futebol da década de 60. Um futebol sem artimanhas, sério, sem rififis. O futebol do centenário JL (Juvenal Lamartine). Bom de se ver, de se envolver e, melhor, de se praticar.

Os anos se passaram e, com o avanço do tempo, novas e inusitadas mudanças vieram juntas. Ainda bem que não mexeram com o número de jogadores das equipes e nem com o tempo de jogo.

Algumas mudanças foram bem-vindas, como a criação e execução VAR (Árbitro Assistente de Vídeo), que tem sido de uma utilidade tecnológica extraordinária.

Observamos sem grandes conotações mudanças criadas pelos próprios jogadores, como por exemplo elevar o calção, uma forma de mostrar melhor as coxas grossas (olha lá, só para os privilegiados; não para os cambiteiros).

Cada vez mais, surgem camisas com novidades nas criações e nas decorações. Às vezes até admiradas, mas às vezes surgem peças espalhafatosas de péssimo mal gosto.

O espantalho, aí, sim, vem com as pinturas dos cabelos. É branco no preto; é louro no moreno, é o branco no branco, é o verde no preto, é rosa pink no branco, no preto. Um verdadeiro desfile de mal gosto e de querer aparecer. Que pena! Falta só o momento de pendurar a melancia no pescoço. Que tal, não seria uma boa?

 

 

 

Berilo de Castro – Médico e Escritor,  [email protected]

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