O BOSQUE E A LAGOA – 

Para quem não conhece Natal o Bosque dos Namorados está encravado no Parque da Dunas numa área de 1.172 hectares do pouco que restou da Mata Atlântica no litoral do Brasil. É considerado o maior parque urbano sobre dunas do país. O ecossistema abriga diversificadas flora e fauna e contribui na recarga do lençol freático e na purificação do ar da cidade.

É o local adequado para a prática de atividades físicas, e o paraíso dos adeptos do Cooper e de caminhadas nas primeiras horas da manhã e nos finais das tardes, durante todos os dias da semana. Serve também de local de recreio para crianças, para apresentações públicas ao ar livre e, também, para o regalo de quem não quer fazer nada além de desfrutar de momentos de tranquilidade junto à natureza.

O ponto alto do nosso Bosque dos Namorados é a excelente segurança e uma iluminação noturna adequada que atrai e incentiva muitos natalenses a frequentar o ambiente. Eu que o diga porquanto ser usuário diário no horário matinal ou vespertino. Que continue assim!

Porém – sempre existem poréns! -, preocupou-me comentários que ouvi em conversas soltas de caminhantes assíduos do local falando da possibilidade de existir mosquitos causadores de dengue e de chicungunha nos tanques de águas paradas ali mantidos. Vale a pena os responsáveis pela manutenção da saúde pública tranquilizar os usuários do nosso Bosque, mostrando quais providências foram ou estão sendo tomadas nesse sentido.

O mesmo não acontece com a Lagoa de Manoel Felipe que, segundo o historiador Itamar de Souza, “já era citada em mapa holandês dos tempos da ocupação da província (1633-1654), junto a outras duas lagoas, supostamente as que até bem pouco tempo eram chamadas Lagoa Seca (Tirol) e Lagoa do Enforcado (Alecrim), ambas aterradas pelo crescimento da cidade rumo Sul”.

A Lagoa de Manoel Felipe ou Cidade da Criança como a apelidou o governador Aluísio Alves, é outro ambiente diferenciado de Natal sem o aproveitamento adequado. Trata-se de uma área verde no coração da capital medindo 25.000 m², que até hoje não atentaram para qual finalidade se presta. Algo inexplicável de entender porquanto parecer simples a solução.

Trata-se de área com árvores, água e ar puro, tendo ao lado o comando-geral da Polícia Militar e idênticas condições naturais disponíveis para oferecer a mesma serventia à população como já é praticado no Bosque dos Namorados. Isso mesmo, instalar boa iluminação e segurança permanente e, primordialmente, incentivar o acesso ao local como outra opção para as caminhadas do natalense.

Desconheço as implicações que inibam o melhor e total aproveitamento da Lagoa de Manoel Felipe, porém – eis o porém! -, não é justo a falta de motivação para incrementar a utilização daquele tradicional e aprazível ambiente. A não ser que existam por lá focos de pernilongos e mosquitos causadores de diversas moléstias da atualidade… O que também não seria problema após a desinfecção adequada.

Se nossos governantes frequentassem o Bosque dos Namorados e constatassem a satisfação dos que ali liberam as suas adrenalinas, certamente, encontrariam as razões suficientes e necessárias para repetir a oferta de dosagens de bem-estares público na Lagoa de Manoel Felipe. Tenho dito!

 

 

 

 

 

José Narcelio Marques Sousa – Engenheiro Civil

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