Nas primeiras entrevistas depois da reeleição, a presidente reeleita Dilma Rousseff (PT) afirmou ontem (27) que o recado dado pelas urnas é de “mudança”. Ela  defendeu uma consulta popular para avaliar a implantação da reforma política no país e disse ter certeza de que o mercado, que viveu uma segunda-feira agitada, vai se acalmar. O Ibovespa fechou o dia com desvalorização de 2,77% e o dólar subiu para níveis historicamente altos.

Dilma afirmou ter certeza de que a consulta popular será possível, pois, durante a campanha, conversou com diversos setores que contribuíram com formas de se fazer um plebiscito. “O Congresso vai ter sensibilidade para perceber que isso é uma onda que avança”, disse a presidente em entrevista ao Jornal Nacional, da Rede Globo. Entre as medidas a serem discutidas, ela citou a possibilidade de proibir doações de empresas, mantendo apenas as privadas individuais.

“Existem várias propostas na mesa, a oposição fala muito em fim da reeleição”, afirmou, sobre a pauta defendida por Aécio Neves (PSDB) e Marina Silva (PSB).  Dilma reforçou a mensagem de união que havia dito no discurso de vitória: “Nessa eleição, mesmo com visões e posições contraditórias, os brasileiros apresentaram uma visão comum: a busca de um futuro melhor. Essa busca é a grande base para que tenhamos união.”

Diálogo 

A presidente disse que seu segundo mandato será  de diálogo: “Temos de ser capazes de garantir as mudanças que o Brasil precisa e exige. Isso ficou claro nas eleições”. Disse também que está comprometida em assegurar um país mais moderno. “Acredito que, depois de eleição, temos que respeitar todos os brasileiros, os que votaram em mim e os que não votaram em mim; abrir e construir, através do diálogo, as pontes para que possamos juntos fazer com que Brasil tenha um caminho de crescimento, de futuro.”

Ela afirmou ainda que o seu governo focará na educação, cultura, ciência e inovação. No aspecto social, destacou o olhar para a população mais pobre, mulheres, jovens e negros.

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