MONS. LUCAS, 80 ANOS – 

No próximo dia 23 de junho, o monsenhor Lucas Batista Neto, completará 80 anos de existência.  A comemoração da data constará de uma missa em ação de graças pelo dom da vida, seguida do lançamento do livro autobiográfico denominado “Memórias que Guardei de Memória” – em dois volumes. Tanto a missa (8:30h), como o evento (10h), ocorrerão no complexo religioso da Igreja Santa Rita de Cássia, em Ponta Negra, Natal.

Eu conheço o monsenhor Lucas, desde quando ele exercia o ministério sacerdotal na antiga Catedral Metropolitana, na praça André de Albuquerque. O clérigo casou meus três filhos e batizou dois dos cinco netos, daí o estreitamento de nossa amizade. Fato esse que não é privilégio apenas meu, diga-se de passagem, mas, da multidão de fiéis que frequenta as igrejas onde ele celebra ou celebrou a sua vocação.

Caicoense, devoto de Santana, de São Francisco de Assis, de Santa Terezinha, de São João Batista e de Nossa Senhora, mantém uma agenda cheia e variada no cotidiano de pastor da sua fé. Celebra a eucaristia, batiza, crisma, casa, unge enfermos, confessa, aconselha e procura apoiar o próximo numa ação comunitária permanente.

Na sua ordenação sacerdotal, manifestou os três votos perpétuos – pobreza, castidade e obediência -, perante Dom Nivaldo Monte, na época, Arcebispo Metropolitano da Arquidiocese de Natal, em 1970. Acumulou números significativos ao longo desses 53 anos de sacerdócio: mais de 17 mil batizados, superou os 5.000 casamentos e outros tantos milhares de sacramentos que fugiram de sua contabilidade e da memória.

Durante anos divulgou o ensino religioso no nosso estado, atuou na formação de leigos, foi vigário episcopal e ainda arranjou tempo para construir templos: seis capelas e duas igrejas. E mais: durante 26 anos celebrou missas dominicais pelo sinal da afiliada local da Rede Globo. Tomaram-lhe o espaço para dar lugar ao padre Marcelo Rossi.

Em Natal, na titularidade da Paróquia de Santa Teresinha, passou 25 anos de sua existência. Afastou-se para uma vida de contemplação no Eremitério de Emaús. Não esconde de ninguém que nesse período, por falta de condições financeiras, precisou da colaboração de amigos e antigos paroquianos para manter-se.

Pediu a arquidiocese para retornar ao contato direto com o povo, e lá se foram mais 12 anos na Paróquia de Santo Afonso Maria de Ligório, em Mirassol. Ao atingir a idade limite para a titularidade de paróquias – 75 anos -, tornou-se pároco emérito a partir de 30 de dezembro de 2018.

Em fevereiro de 2019, foi convidado para celebrar na Capela das Crianças do Educandário das Irmãs de Caridade, situada na avenida Rui Barbosa, em Lagoa Nova, onde continua em atividade até hoje. Nesse interregno, tomou gosto pelas redes sociais onde já cativou, aproximados, 15 mil seguidores dentre Youtube e Instagran.

Esta é uma singela homenagem ao monsenhor Lucas Batista Neto, por uma vida dedicada ao sacerdócio cristão.

 

José Narcelio Marques Sousa –  Engenheiro civil

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