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Carlos Alberto Josuá Costa

No dia de minha angústia clamarei a ti, pois tu me responderás. (Salmo 85.7)

Numa quarta-feira recente saí para ir fazer uma reflexão com o grupo de idosos de São Camilo de Léllis, cujo tema escolhido, ‘Vivências’, aparentava ser propício para aquele ‘público’, pois ali estavam conhecidas ou guardadas, histórias de valores incomensuráveis.

No entanto por desígnio de Deus, num tempinho que me levantei, não mais encontrei meu assento desocupado: “Foi pra ribeira, perdeu a cadeira”. Dirigi-me a outro e sentei-me ao lado de uma senhora que conversava sobre o quanto sua filha estava angustiada, por ter sua casa arrombada pela quarta vez.

Na narração, contou que todos os apetrechos de “segurança”, tais como cerca elétrica, câmaras de vídeo, telas de monitoramento real, alarme de presença, instalados para “prevenir” novas investidas, estavam deixando-a paranoica e angustiada, pois já não saía mais de casa e passava seu tempo em frente aos monitores para saber quando, quem e porque, vagavam pela rua e principalmente pela calçada de sua residência. Loucura total.

Este fato mudou o foco que planejara para aplicar naquele momento e aguçou de forma insistente, um novo tema para a ocasião: Angústia.

Você já passou por alguma angústia?

Esperei alguns instantes e os relatos foram tomando forma e diante de cada depoimento fui construindo algo sobre o sentimento de dor e medo, de que nada vai dar certo, e que sorrateiramente vai apertando o peito e sobrecarregando o coração de total desolação. A alma sofre.

Uma inquietação incômoda, negativa, vai invadindo a razão e quando menos esperamos estamos com palpitações, tremores, respiração ofegante, à espreita de um perigo imaginário, vago e indefinido.

A aflição demasiada do corpo, da mente e do espírito, dá as mãos à tristeza, ao remorso e ao desespero excessivo.

Sombria é a noite e, ao chegar o novo dia, parece que tudo está sem cor, sem brilho, sem vida, sem amor.

Neste momento nos sentimos sozinhos, abandonados, perdidos e, não sabemos direito o que pensar de qualquer situação que está à nossa frente, como também não enxergamos nenhuma perspectiva que possa nos fazer atravessar esta “ponte”.

A quem recorrer quanto estamos angustiados?

Um acompanhamento psicoterapêutico é fundamental. Mas fora da esfera do tratamento clínico, se faz necessário buscar a ajuda do maior especialista: Deus.

Com Ele, toda e qualquer situação de angústia se dilui a cada instante que confiamos, pois Ele sabe o que estamos passando.

Feito homem – Jesus Cristo – experimentou momentos assim e, por tanto é sabedor de nossas limitações, para superar sozinho esse quadro ameaçador. Além do mais, Ele nos convida a entregá-Lo tudo aquilo que nos cansa, desgasta e faz sofrer.

Ele quer libertamo-nos de tudo isso. Se deixarmos, Ele o fará.

Eu também já fui engolido por um desses momentos. Para sair tive que enfrentar diariamente tudo aquilo que consumia meu espírito, me apoiando, mesmo sem muita força, frágil, na mão amiga de Deus.

Muitas vezes correr para o quarto escuro com a porta trancada parece ser a salvação. Mas o “problema” está ali, ao “pé da porta”. Quando você menos esperar estará com você, povoando de medo o seu coração.

Enfrente-o com o resto de suas forças; não se entregue, dê sua mão a Deus e deixe que Ele habite seu coração, mesmo que você já não acredite em mais nada.

Esta era e é a minha oração, nascida entre o sorriso na face e o olhar absorto na sofreguidão de minha alma.

A luz que emana da Tua benevolência é fonte de vida que rege o meu caminho. Nenhum atropelo é desconhecido de Ti, mas todos eles me firmaram na Tua certeza. Meu coração vacilou em todos esses momentos, mas no desespero sabia que Tua mão estava a me erguer. Pai perdoa-me. Traz-me a paz Divino Mestre e ilumina os meus pensamentos, guiando os meus passos para que me alivie desta angústia. Misericórdia Senhor. Vem DEUS. Socorre-me.

Pode ter certeza: Deus age e nos liberta da angústia!

Ele não nos abandona em momento algum.

Agradeça a Ele por ter todo o cuidado para com você!

Carlos Alberto Josuá Costa – Engenheiro Civil e Consultor ([email protected])

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