gasnatural

Considerado um mercado travado devido à verticalização da cadeia nas mãos da Petrobras, o segmento de gás poderá passar por transformações nos próximos anos. Hoje a estatal detém 93% da produção do gás e 97% de sua malha de transporte, além das participações relevantes nas redes de distribuição e na ponta do consumo com o parque de termelétricas.

A mudança desse cenário poderá vir por meio de diversos fatores. Além do acréscimo de produção com o gás associado do pré-sal e a crescente importância das térmicas, a estatal iniciou o processo de desinvestimento, vendendo ativos do segmento, o que poderá viabilizar a chegada de novos players. E há mudanças à vista na regulação.

O primeiro ativo posto à venda é a participação de 49% na Gaspetro, holding que detém as participações em 20 distribuidoras estaduais de gás. Mas há expectativa de que também sejam alienadas participações na malha de gasodutos e no parque de 21 termelétricas. “A Petrobras não saiu da empresa, vendeu apenas uma participação minoritária para a Mitsui. Na prática, não muda nada”, analisa Ricardo Pinto, diretor da consultoria Gas Energy.

Assim como ele, a maioria dos especialistas considera, porém, que a Petrobras ainda continuará com muito poder de regular o mercado. A expectativa é de que a Mitsui não altere a gestão e o fornecimento para as 20 distribuidoras nas quais a holding Gaspetro detém participação.

A empresa afirma que desde que entrou no negócio de distribuição de gás no Brasil, por meio da Mitsui Gás em 2006, acumulou experiência e sua meta é aplicar esses métodos bem-sucedidos na Gaspetro e atingir uma sinergia de gestão entre as 19 distribuidoras, cooperando com a Petrobras. Além disso, pretende dar suporte ao investimento necessário para o crescimento do mercado de distribuição de gás natural

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