MEIRELLES E ALCKIMIN ENSAIAM CANDIDATURAS –

Segue indefinida a sucessão presidencial de 2018.

Nos últimos dias surgem dois nomes prováveis, além dos outros já conhecidos.

O ministro Henrique Meirelles, finalmente deu sinais de que pretende disputar a presidência da República.

Ainda tímidos os sinais.

Essa história da filmagem de sua agenda diária para publicação em redes sociais é o resultado do  efeito Alckmin, que nos últimos dias avançou como possível candidato.

Fala-se que Meirelles decidiu investir de forma mais incisiva em busca do apoio de Michel Temer e Rodrigo Maia.

O presidente teria dito a seus principais assessores que gosta da ideia de Meirelles, visto que o ministro afirmou que, desde já, defenderá o governo do peemedebista.

“Temer se interessa por quem defender seu legado”, argumentou um ministro.

Será essa a melhor estratégia para o lançamento da candidatura de Meirelles?

Ou o caminho seria destacar, por enquanto, a sua contribuição na estabilização da economia?

A sua vinculação com o governo Temer é natural e inegável.

O que não é natural é que ele comece pedindo apoio a um governo, que por mais injusto que seja, está à beira de 100% de rejeição nacional.

Por esse erro estratégico poderá ser uma candidatura natimorta.

Sobre Geraldo Alckmin, o governador de São Paulo não há nada de pessoal contra ele.

Porém, como candidato será difícil decolar.

Já teve chance e provou isso.

A sua imagem política é incolor. Se não provoca rejeição, também não atrai.

É aquele que parece o bam bam bam, querendo sempre mostrar que só ele é capaz de articular nos bastidores e afastar adversários.

Falta-lhe firmeza nas posições assumidas.

Outro ponto: inegavelmente os seus governos vinham sendo inatacáveis em SP.

Preservava a imagem da “ficha limpa”.

Embora não se queira condená-lo ou culpá-lo por antecipação, no Brasil de hoje a versão vale mais do que o fato.

E Alckmin tem contra si a possibilidade de abertura de um inquérito na Lava Jato, no qual é acusado de caixa dois de R$ 10 milhões para campanhas suas, conforme delatores da Odebrecht afirmam e o tucano nega.

Sem dúvida um “nó”.

Que será difícil de “desatar”, na largada de uma campanha presidencial.

 

Ney Lopes – jornalista, advogado, ex-deputado federal; ex-presidente do Parlamento Latino-Americano, procurador federal – [email protected]  www.blogdoneylopes.com.br
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