MADONNA – 

No último sábado, dia 4 de maio, o Brasil inteiro assistiu in loco ou através da Rede Globo de Televisão, ao encerramento da turnê “The Celebration Tour”, evento comemorativo não dos 65 anos de idade, mas, dos 40 anos de carreira da cantora, compositora, atriz, dançarina e empresária norte-americana, Madonna Louise Ciccone.

Uma megaprodução musical que teve como palco a praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, para uma plateia estimada em 1,6 milhão de não pagantes, além de vários outros milhares de assistentes pelo mundo afora.

O custo também foi uma mega fortuna na ordem dos 60 milhões de reais, rateados entre o governo e a prefeitura do Rio de Janeiro – 20 milhões – e entre o Banco Itaú e a cervejaria Heineken – 40 milhões. Cabendo a Donna da festa um cachê de 17 milhões.

A rainha do pop, título atribuído a Madonna nos anos 80, quando ficou famosa no mundo artístico estarreceu a fãs, não fãs, pudicos e impuros. Não somente pela tecnologia cênica empregada mediante a utilização de equipamentos de última geração, produzindo efeitos estonteantes a assistentes, como também pela postura da estrela da festa no palco.

A imprensa internacional repercutiu de maneira positiva o espetáculo no Brasil. Agência norte-americana destacou: “Maior show da vida de Madonna transforma Copacabana, no Rio, em uma grande pista de dança”. O jornal britânico Daily Mail descreveu a apresentação como “histórica”. O francês Le Monde resumiu o show assim: “Uma estrela global, uma cidade de sonho, uma praia lendária”.

No Brasil, a imprensa afiançou: “Madona no Rio: rainha do pop deixa fãs ‘em transe’ com espetáculo e homenagens ao Brasil”.  Perdoem-me os fãs da artista, mas, eu não consegui chegar ao final do show. Como Madonna nunca fez o meu gênero musical, logo depois da primeira música saí para o meu recando para continuar lendo “Chega de Saudade” de Ruy Castro.

Minha neta de 14 anos continuou assistindo ao espetáculo ao lado da avó, mas tão logo começaram as ‘apelações despropositadas’, ela se retirou da sala comentando: “Não vovó! Não vou continuar vendo isso, não!

No domingo, pela manhã, assisti pela internet a alguns lances específicos da apresentação e me enojei com o que vi. Inacreditáveis encenações de sexo explícito nunca vistas nem ao vivo e nem em nenhum veículo de comunicação de antigamente. Tampouco nas histórias de quadrinhos de Carlos Zéfiro.

Tudo apresentado em praia pública e na televisão aberta, sem censura e sem pudor, para adultos e crianças assistirem com naturalidade.  Perdoem-me a caretice, repito! Entendo, que para o público específico da cantora e de seus musicais, o resultado teria o mesmo sucesso sem as insistentes ‘apelações sexuais’ inseridas na apresentação turnê do Rio.

O ‘Celebration Tour’ consistiu em mais de 80 apresentações em vários países. Satisfaçam a minha curiosidade: ‘A apresentação do Rio foi a repetição do espetáculo vistos nos demais palcos?’ Caso positivo, nada mais a acrescentar. Porém, se o espetáculo foi montado especialmente para o Rio de Janeiro, aí é outra história.

Em ambas as situações manterei a ‘caretice’!

 

 

 

José Narcelio Marques Sousa –  Engenheiro civil

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