A revista “Veja” tem se mantido no Brasil da era PT como uma guardiã incansável em não permitir que as falcatruas monumentais do Partido dos Trabalhadores sejam jogadas para debaixo do tapete. A revista na verdade tem se constituído ao longo da sua história como uma guardiã da democracia. Os petistas, claro, negam, alegando que a “guardiã” é só quando se trata do PT. Mas é um equivoco retumbante.
A postura dos petistas em relação à revista é postura de quem só quer ouvir o bônus e nunca o ônus. Lembro de passagem que a revista também foi implacável com Collor, como foi com Sarney e mesmo Fernando Henrique. Basta pesquisar. É fato. É história.
Esta semana em suas paginas amarelas, a “Veja” traz uma entrevista com o advogado Robert Luskin, uma das maiores autoridades em lei que pune nos Estados Unidos grandes corporações internacionais por pagar propina para obter contratos. Vale a pena ler a entrevista, em especial, porque agora as investigações do chamado “petróleo” nos Estados Unidos vão ser investigadas.
Como mostra a revista a partir da entrevista com Ruskin “as investigações sobre o petróleo vão desvendar toda a extensão do esquema. E até empresas que não atuam lá (nos EUA), entre elas algumas das empreiteiras, poderão ser alcançadas pelas pesadas punições estabelecidas pela lei americana”.
Outras empresas de outros países, como a França já sofreram pesadas penas por ter pagado milhões em propinas a um funcionário publico no Irã, mas que terminou envolvendo conta bancaria nos Estados Unidos.
Ruskin além de especialista na área é também professor em universidade em Washington e também ex-promotor formado em Harvard. O esquema do lava-jato, ou petróleo, ou seja, um monumental esquema de corrupção praticado pelo PT (mais um) ainda vai render muitas laudas. E ouvir um especialista americano que sabe que diversos investidores americanos foram lesados na Bolsa por conta de corrupção, não deverá ficar impune.
É bom lembrar que as ações da Petrobras caíram de quase 180 reais para abaixo de 10 reais por conta de corrupção. Essa abominação corriqueira da vida brasileira não pode ficar impune. É isso que o PT quer. Mas a democracia se quiser avançar não pode permitir.
Adauto Medeiros, engenheiro civil e empresário [email protected]