AB adauto

Adauto José de Carvalho Filho

Eu não estou minimamente preocupado com a lista de envolvidos na primeira parte da operação lava-jato, onde supostos homens públicos e grandes empresários, montaram uma quadrilha para tungarem o cofre da maior empresa brasileira, como não entendo porque algumas dessas ditas autoridades começaram antes mesmo do anúncio, a antecipar as providências que tomariam caso seus nomes estivessem envolvidos.

Por que eles se sentiram ameaçados?

Comeram ou não uma bolinha básica?

São duas vertentes e exigem atitudes divergentes. Se não comeram a bola não há possibilidade de intoxicação. Em vez de mostrar fraqueza, eles deveriam procurar o que fazer, algo de útil que justifiquem os salários que ganham ou usurpam dos cidadãos brasileiros, esses sim trabalhadores, como partido ou sem partido, aliás, no Brasil trabalhador só tem partido o salário pela pesada tributação ou pela corrosão inflacionária, ou pelas duas.

Se está envolvido, deixar de caras e bocas e procurar urgentemente um criminalista. Com a propulsão de nomes que estão na fila, certamente faltarão bons criminalista na praça. Enquanto isso, na Suécia, foram fechadas penitenciárias por falta de detentos.

Cairia bem um acordo internacional, mas qual país aceitaria essas figurinhas carimbadas?

Ainda não tomei conhecimento de qualquer indicação do meu nome… Processarei todos os que me injuriarem… Nesse bolso nunca entrou dinheiro público… o dinheiro que meu motorista sacou do banco era para financiamento de um tratamento de saúde de uma tia avó e, em especial, eu não sei nem onde é a Petrobrás…

Tudo o que preciso eu pergunto no Posto Ypiranga.

As coisas por aqui andam tão banais que não se precisaria aguardar as tal lista nem as desculpas que viriam em seguida. E por falar nisso por que houve tanto mistério em divulgar a lista?

Foros privilegiados ou complexo jogo de puzzley?

Uma verdade é inconteste. Os possíveis condenados não tem medo da justiça e se beneficiarão com as infâmias cometidas contra ele (no se diz no bom nordestês, subirão para cima), o Procurador da República está numa sinuca de bico e o judiciário à vontade pelos inúmeros recursos que advirão e, dez anos depois, fica o dito pelo não dito e todos correm aos postos Petrobrás para abastecerem seus carros, inclusive nós, e, em seguida, novo escândalo virá. Não sei se cheirando a gasolina, mas que virá, virá.

Que saudades da boa e velha pizza. Já passaram panetones, casas de luzes vermelhas, churrascos…

… E agora petróleo.

 O nosso velho petróleo, prometido pelo Presidente da República na época da criação da Petrobrás, que, lamentavelmente, cometeu suicídio e deixou a frase no ar e como ar está se esvaindo. Já pensou se algum doido ou envolvido, premeditado ou por nervosismo, acender um fósforo?

Buuuuuuum!

Não sobrarão provas dos supostos crimes e os envolvidos alçarão voos para cargos mais pertos de outros cofres, O Procurador vai denunciar algum caçador de “rolinha”, o STF vai julgar algum roubo de chinelos e tudo permanecerá como antes. Eu não lamento por mim, mas pelo JUIZ MORO, esse sim um profissional que, em nenhum momento, se mostrou temeroso nem em dúvida, nunca recebeu envolvidos ou prepostos para conversinhas de pé de orelha e, garboso, cumpriu o seu papel como o mais original Sancho Pança da história do mundo, bem além do de Cervantes.

Parabéns Magistrado!

Seria tão fácil fazer justiça, morou?

Adauto José de Carvalho Filho, ARFB aposentado, Pedagogo, Contador, Consultor de Empresas, Escritor e Poeta)

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