A casa da Memória do Rio Grande do Norte, num sentimento de tristeza que turvou a lama dos brasileiros, vem externar a sua solidariedade pela tão significativa perda, destruindo um monumento bicentenário, que serviu de sede da Monarquia e um patrimônio inigualável referente à arqueologia, antropologia, etnologia e da história do Brasil, além de relíquias de outros continentes e fósseis do começo da civilização.

Tudo está consumado. Perplexo, indagamos: terá sido o ponto final da “Crônica de uma Morte Anunciada”, no realismo fantástico vivido aos pés do Cristo Redentor?

Não cabe remoer culpas e culpados. As consequências denunciam as causas. Escancarou-se a toda evidência, a política forjada no descaso. Outros Pilatos continuam a lavar as mãos sobre o destino da cultura.

Que o nosso clamor seja o impulso necessário para a mudança de comportamento dos mandatários, os quais devem ser questionados nos embates eleitorais do próximo pleito, para declararem dos seus compromissos efetivos como a manutenção da riqueza cultural do nosso Brasil, do Estado do Rio Grande do Norte e dos Municípios que o compõem, inclusive com a liberação de recursos autorizados.

A sensação de abandono recebe o lenitivo da esperança, sentimento que resiste à morte e reaviva a confiança no futuro.

Natal, 03 de setembro de 2018.

A Diretoria.

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