INOVAÇÃO JÁ –

A cada dois anos, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) em parceria com o SEBRAE, com o apoio de algumas empresas e instituições, realiza o Congresso Brasileiro de Inovação da Indústria, ocorrido esta semana. E, na edição 2019, uma notícia muito feliz para o Rio Grande do Norte: a empresa potiguar de argamassa, BQMIL, ficou entre as três finalistas do Prêmio Nacional de Inovação. A solenidade de premiação foi na noite da última segunda-feira (10), em São Paulo, durante a 8ª edição do referido Congresso. A BQMIL concorreu na categoria “Inovação de Processos”, na modalidade “Médias Empresas”.

Parabenizo, mais uma vez, o empresário Marcelo Rosado por sua constante busca por inovação em produtos e processos da BQMIL, inclusive com o piloto de Gestão Integrada que reuniu todas as Casas do Sistema FIERN (FIERN, SESI, SENAI e IEL) na busca por soluções e ressalto, aqui, que este prêmio significa o reconhecimento no poder transformador da inovação.

Outro defensor desse avanço, o Diretor da FIERN, Djalma Barbosa da Cunha Júnior, dedicado a este tema, tem demonstrado liderança na gestão da inovação para levar a indústria potiguar a ser mais competitiva e próxima do conceito de Indústria 4.0. O Rio Grande do Norte conta com diversos exemplos de como estas mudanças podem trazer bons resultados, entre eles, o Instituto SENAI de Inovação em Energias Renováveis – ISI ER, uma das principais referências nacionais em energias renováveis, oferecendo um ambiente aberto para a inovação tecnológica na fase pré-competitiva, com uma estrutura física e técnica orientada para serviços profissionais e P&D.

A inovação, em síntese, é um dos eixos estruturantes do desenvolvimento. A partir dela, empresas – de todos os portes – podem ser mais competitivas; os produtos,  maior valor agregado, ou seja, podemos multiplicar as oportunidades de negócios, gerando renda e emprego, distribuindo a riqueza e melhorando a qualidade de vida das pessoas. Outro caminho não há, senão o ciclo virtuoso da economia para sairmos da crise que afeta o Brasil, com visíveis reflexos no desenvolvimento potiguar.

Algumas tendências já são presentes na vida empresarial. A Indústria 4.0 e Inteligência Artificial são realidades em muitas indústrias. A logística, cada vez mais um diferencial nas empresas, busca a tecnologia a cada dia. E a expansão do e-commerce, segmento que atua com estimativa de aumento de 10% de vendas, no Brasil, para o ano de 2019. Com faturamento, em 2018, de R$ 53,2 bilhões, reúne 58 milhões de consumidores.

Portanto, inovar no sistema de vendas e no processo industrial se tornou uma boa mistura entre vantagem competitiva e sobrevivência. Mas, não é fácil. É preciso  superarmos alguns entraves, como a ausência de financiamento barato e desburocratizado para o investimento em pesquisa; maior estímulo à pesquisa aplicada na indústria, inclusive, nas Universidades; a ausência de uma cultura inovadora mais ousada que contamine positivamente a sociedade e empresas como, de fato, uma estratégia decisiva para o desenvolvimento econômico sustentável.

Publicado no jornal Tribuna do Norte em 16.06.2019.

 

 

Amaro Sales de Araújo – Presidente da FIERN e da ANF, Secretário da CNI

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