Perdas em áreas como a de motocicletas influenciam número

Com a demanda dos consumidores em baixa e a falta de confiança dos empresários para investir, a indústria mergulhou em resultados ainda mais negativos e atingiu a maior queda da história. A retração de 7,8% no resultado acumulado no ano não tem precedentes na série do IBGE, iniciada em 2002.

Em outubro, a produção caiu 11,2% em relação ao mesmo mês de 2014, a 20.ª queda consecutiva, a pior desde abril de 2009. A queda se espalhou por 77,4% dos 805 produtos investigados. Para o IBGE, há queda generalizada na produção. “O cenário permanece adverso há algum tempo, com o nível mais baixo de confiança das famílias, a retração da demanda doméstica com aumento da taxa de desemprego e queda na renda”, disse André Macedo, gerente da Coordenação de Indústria do IBGE.

O dado também traz viés negativo para o encerramento do ano, já que é o primeiro dado sobre o quarto trimestre. Os sinais são de que o processo de deterioração continua, disse o economista Rafael Bacciotti, da consultoria Tendências. “O resultado da indústria reforça o PIB negativo no último trimestre. Esperamos uma retração de 1,2% (em relação ao terceiro trimestre).”

Na passagem de setembro para outubro, a produção recuou 0,7%, a 5ª queda seguida. Só nesse período, a retração acumulada chega a 5,7%. O principal impacto negativo veio da menor produção de derivados de petróleo e biocombustíveis.

Segundo Macedo, do IBGE, as famílias e as empresas têm reduzido a procura por combustíveis diante da desaceleração da economia, o que afeta a produção de gasolina e diesel, principalmente. Essa influência também é percebida em artigos de primeira necessidade, como alimentos.

Fonte: Agência do Brasil

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