Em mais um dia de movimento positivo do mercado acionário no exterior, o Ibovespa fechou ontem perto da estabilidade (-0,05%), aos 84.886,48 pontos, com as notícias corporativas locais pesando mais. Além disso, os investidores se acautelaram frente a eventos econômicos relevantes datados para a próxima semana, como as reuniões dos comitês de política monetária tanto do Brasil quanto dos Estados Unidos. Na semana, as perdas do índice à vista somaram 1,72%.

A bolsa brasileira teve uma valorização importante nos últimos meses e passa por uma correção leve e cautelosa, à espera do Fed (Federal Reserve) e do Copom. Ontem o giro financeiro chegou a R$ 17,4 bilhões, influenciado pelas negociações em torno da fusão entre Suzano e Fibria (a segunda ação mais negociada em volume). O mercado está buscando um ponto de equilíbrio diante de um quadro geopolítico mais difícil e que gera incertezas. Os investidores estrangeiros têm saído de suas posições em ativos de risco e os locais têm apresentado mais calma.

Até o dia 14 de março, os investidores não-residentes retiraram R$ 3,043 bilhões do pregão. Com isso, o saldo no ano vai sendo reduzido e estava em R$ 2,273 bilhões na última quarta-feira. O recrudescimento do problema diplomático entre Rússia e Reino Unido e as ações protecionistas do governo Donald Trump influenciam mais o mercado acionário local, pela possibilidade de uma nova guerra fria ou uma nova guerra comercial.

Muito embora os contratos futuros de petróleo tenham apresentado recuperação – subindo em torno de 1,5%, as ações da Petrobras não conseguiram tração para recompor as perdas vistas na penultima sessão em razão da má recepção dos investidores às notícias sobre a política de dividendos e ao balanço da empresa. Os papéis ON e PN da petroleira fecharam em alta de 1,08% e 0,56%.

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