HAJA PACIÊNCIA –

A qualidade do mundo de hoje é, sobretudo, baseada no tamanho da nossa paciência. São filas e espera aonde quer que vamos, são pessoas (que já perderam a própria paciência) e querem que percamos a nossa para testar quem tem menos razão, é ingratidão, inveja, desrespeito e desamor.

Vivemos numa época onde os ciclos são cada vez menores e, quando começamos a nos acostumar (e a ter paciência com o que não concordamos – mas assim é a vida em sociedade), tudo muda e juntamos aquele pouquinho mais de paciência para nos acostumar e acomodar com os novos costumes… E mais uma vez o mundo gira (é a vida!).

O pior é que o principal foco da nossa “impaciência” são as pessoas mais chegadas, aquelas com quem temos mais intimidade para “explodir” e que, na maior parte das vezes, não têm culpa deste ou daquele fato específico que nos “tirou do sério”.

Nossos amigos e familiares, assim como nós para eles, sofrem as consequências primas e devemos ter amor e paciência para lidar com as situações, às vezes chatas, às vezes absurdas, que vivemos no dia a dia.

São questões muito pessoais, algumas catárticas, que mexem profundamente com as pessoas, mas a “impaciência” generalizada está à solta e precisamos de força (e esforço) pessoal para “passar por cima” de algumas coisinhas e reservar energia boa para o que realmente nos importa.

Manter hobbies, atividades que nos ajudam a esquecer o momento, ler e ter apoio no seio familiar são muito importantes para “desacelerar” e “passar a régua” em tudo o que vivenciamos diariamente, mas é importante lembrar que isso é uma via de mão dupla, quando se trata de amigos e parentes. Para termos o nosso espaço pessoal, precisamos não só permitir que os outros também o tenham, mas apoiá-los.

Preencher a agenda do próximo com atividades que nós gostamos de fazer não irá torná-lo mais complacente com as nossas atitudes. O tempo, o ano, o mês, a semana, o dia, as horas (…) são fragmentos por alguma razão, que é nos dar condição de compartilhar, produzir e respeitar o tempo/espaço alheio.

Trabalhando nossa vida dessa forma, com paciência e respeito, nos tornamos mais aceitos, mais aceitáveis e, até mesmo, mais requeridos!

 

Ana Luíza Rabelo Spenceradvogada ([email protected])

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