GUERRA RÚSSIA X UCRÂNIA E O PÃO NOSSO BRASILEIRO –

Em mais uma constatação de que os fatos ocorridos em qualquer ponto da terra, à semelhança do aumento ou diminuição do preço do petróleo na Arábia que repercute na receita de royalties nos Municípios de Mossoró, Serra do Mel ou de Felipe Guerra, a Guerra da Rússia contra a Ucrânia está repetindo o fenômeno. De vez que o Brasil está sendo afetado fortemente em dois pontos fundamentais de sua dependência externa.

Quanto a fertilizantes e trigo, eis que no primeiro caso as importações vêm diretamente da Rússia. Enquanto em relação ao trigo tanto Rússia quanto Ucrânia são importantes exportadores mundiais, o que tem feito com que o Brasil esteja sofrendo os efeitos do repique internacional dos preços.

Porquanto, embora a produção nacional do trigo deva subir para 7,9 milhões de toneladas, a previsão de consumo é de 12,7 milhões de toneladas, havendo necessidade de importação de 4,8 milhões de toneladas, sujeitas a preços superiores em 35 por cento. Obrigando a que haja esforços para aumento da produção nacional, dentre as quais servindo-me de experimentos que vêm sendo feitos em Roraima há vários anos.

Se no final dos anos 70 pelo menos 87 por cento da área semeada com com soja estava concentrada nos três Estados do Sul, a partir dos anos 2000, recuou para 31 por cento, consequente do uso de novas tecnologias. O mesmo sendo de esperar possa acontecer com a expansão da área utilizada para a produção do trigo, aumentando assim a produção nacional e reduzindo a necessidade de importação do trigo, fazendo com que o pão nosso de cada dia seja cada vez mais brasileiro.

 

 

Alcimar de Almeida Silva, Advogado, Economista, Consultor Fiscal e Tributário

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