Barragem Engenheiro Armando Ribeiro Gonçalves, maior reservatório do RN, está com 25% da capacidade. Este é o mais baixo volume de sua história (Foto: Anderson Barbosa/G1)

Nesta terça-feira (22), o governo do Rio Grande do Norte renovou, por mais 180 dias, a situação de emergência no qual se encontram 153 dos 167 municípios do estado – o equivalente a 91,6% das cidades potiguares, devido a seca histórica, a pior dos últimos 100 anos, que assola o sertão potiguar desde 2011. A prorrogação do decreto foi publicada na edição de hoje do Diário Oficial do Estado. Este é o terceiro decreto, sendo o segundo de renovação.

O decreto também cita alguns dos prejuízos causados pela longa estiagem. De 2012 a 2015, por exemplo, o estado perdeu mais de 135 mil cabeças de gado. Já no período entre 2012 e 2014, ainda segundo o documento, houve uma redução de 65,79% na produção de grãos (milho, arroz, feijão e sorgo).

Durante o período em que persistir a situação de emergência, poderá o estado contratar com dispensa de licitação obras e serviços que se mostrarem aptos a aliviar as consequências provocadas pela estiagem.

O Instituto de Gestão de Águas do Rio Grande do Norte (Igarn) divulgou ontem (21) o último balanço dos níveis das barragens e açudes que o órgão monitora em todo o estado. Ao todo, são 47 reservatórios. Atualmente, 11 deles estão completamente secos e outros 14 encontram-se no volume morto – como é chamada a reserva técnica que fica abaixo do nível das comportas. A análise ainda traz previsões pessimistas. Caso a estiagem persista, por exemplo, apenas um reservatório deverá manter-se com água até 2019: a barragem de Santa Cruz, que fica na região Oeste do estado.

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