FRANZ KAFKA –
O escritor nasceu em julho, 3, 1883. Daqui a pouco mais de uma década será comemorado o sesquicentenário do complexo escritor, ou escritor de complexidades da psique. Escreveu romances e contos, considerado pelos críticos como um dos escritores mais influentes do século XX.
Na origem a linhagem judaica, manifestada no pensamento alemão. Na fase de estudos de Direito, que não se estendeu, mas, nos escritos, expôs a burocracia do Direito e a injustiça vendida como Justiça. Nos enredos de O processo e O castelo, sobejam a rotina e a pressão dos grandes escritórios de advocacia.
Não escapou ao flagelo da humanidade, a tuberculose, que contraiu em 1917, e levou-o por arrastá-lo até o fim. Neste vácuo puseram a sua obra a conhecer após seu passamento. Não havia como contestar, nem acrescentar nem extrair. Os dados foram deixados na mesa das indagações, dos raciocínios, das (in)compreensões.
Kafkiano, ser ou não ser.
A estética da deformidade, o extravagante, o senso de repulsa, o inverossímil, mas atraente, principalmente no cenário de entreguerras, etapas de mentes sombrias na exteriorização dos extermínios.
O inconsciente se agiganta e faz as cenas de Kafka no idílio surreal, como o desígnio de Gregor Samsa, que naquele instante estapafúrdio se transforma num inseto monstruoso, ciclópico. Escritos densos que fizeram de Kafka o precursor do realismo mágico.
Albert Camus, Gabriel García Márquez e Jean-Paul Sartre foram influenciados pela obra de Kafka.
A expressão “kafkiano” traz a significação de ser em português algo complicado, labiríntico e surreal, tal qual as situações revistas em sua obra.