O que aconteceu em novembro e como abrimos dezembro.

O Ibovespa atingiu seu terceiro avanço mensal consecutivo, subindo 0,7% em novembro e 6,8% desde agosto. Obtendo excelentes ganhos neste segundo semestre.

Neste mês, um dos grandes eventos foi o megaleilão do pré-sal, que frustrou expectativas ao atrair pouco capital estrangeiro. O governo levantou US$ 70 bilhões, ante projeções de que iria arrecadar R$ 106 bilhões. A principal compradora dos quatro blocos ofertados foi a Petrobras, que arrematou 90% de Búzios e 100% de Itapu. Como havia a expectativa de investidores estrangeiros e uma consequente vinda de dólar para o pagamento de tais valores, o ingresso não ocorrerá visto que a Petrobras ficou com praticamente totalidade dos lances arrematados.

Outro grande fator foi a soltura do ex-presidente Lula, que levou o mercado a cair diante da insegurança jurídica e política que surgiram como subprodutos da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de acabar com a possibilidade de prisão em segunda instância.

Também vale lembrar as grandes tensões na América Latina, principalmente os protestos contra a política econômica liberal do presidente Sebastian Piñera no Chile. O ambiente incerto levou a uma depreciação em bloco das moedas de países latino-americanos. O real não escapou e acabou perdendo ainda mais valor depois do ministro da Economia, Paulo Guedes, dizer que é normal o dólar acima de R$ 4,00.

Do lado positivo, as negociações entre Estados Unidos e China para um acordo comercial avançaram, levando as bolsas internacionais a renovarem máximas, o que também teve reflexos positivos por aqui. Apesar deste avanço nas negociações, é difícil esperar algo concreto e relevante nesta relação.

No mês, a moeda dos EUA teve alta de 5,77% em relação ao real.

No mercado de juros futuros, o DI para janeiro de 2021 subiu um ponto-base a 4,70% e o DI para janeiro de 2023 registrou uma alta de dois pontos, a 5,89%. O avanço no dólar e avanço nas projeções de inflação para os próximos anos, impactaram para elevação na taxa de juros.

No Brasil, após o cheque especial, governo busca alterações no cartão de crédito. Segundo o jornal O Estado de S.Paulo, o parcelamento de compras sem juros está na mira e uma das medidas em análise é restringir o número de parcelas deste tipo de operação, que é visto pela equipe econômica como uma forma de crédito.

Cartão e Cheque Especial

Depois de travar os juros do cheque especial em 8% ao mês (o equivalente a 150% ao ano), a equipe econômica mira agora as operações com cartão de crédito, segundo o Estadão. Uma das distorções apontadas pelo Banco Central (BC) – e que o governo quer atacar – é a possibilidade de parcelar as compras no cartão de crédito sem juros.

Segundo apurou o Estado, uma das medidas em análise é restringir o parcelamento nesse tipo de operação. Na prática, o parcelamento sem juros acaba funcionando como uma forma de crédito. “Alguém paga essa conta”, disse ao Estado uma fonte da equipe econômica que acompanha os estudos para um novo desenho para o produto.

A alteração das regras, no entanto, deve demorar um pouco mais pela “complexidade” de funcionamento desse tipo de meio de pagamento. Para vender parcelado aos seus clientes sem juros, os lojistas pagam uma taxa mais alta para o emissor do cartão.

O governo já fez mudanças na regulação do cartão, mas não está satisfeito com os juros cobrados nessa linha de crédito, que chegaram a 317,22% ao ano em outubro passado, de acordo com dados do Banco Central.

A decisão de limitar os juros foi criticada pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), que falou em “tabelamento de preços”, e, segundo especialistas, pode prejudicar a oferta de crédito pelos bancos e ter um efeito contrário ao desejado pelo Banco Central (BC), diz o Globo.

O BC informou ainda que colocou em consulta pública, até 31 de janeiro de 2020, propostas normativas para implementação no País do Sistema Financeiro Aberto (Open Banking) e do Ambiente Controlado de Testes para Inovações Financeiras e de Pagamento (Sandbox Regulatório), bem como para disciplinar a atividade de escrituração de duplicata escritural.

De acordo com o BC, as três ações buscam “aumentar a eficiência do Sistema Financeiro Nacional, fomentando a inovação, a transparência, a concorrência e a inclusão financeira e estão inseridas na Agenda BC”.

O open banking é um conceito que prevê o compartilhamento dos dados bancários dos clientes, com prévia autorização do titular. A partir disso, será possível a um cliente bancário visualizar, por exemplo, em um mesmo aplicativo, o extrato consolidado de todas as suas contas bancárias e investimentos

Iniciamos em dezembro.

No início do dia de hoje, o Presidente Donald Trump, em virtude da desvalorização do Real (Brasil) e do Peso Argentino (Argentina), resolveu retomar a taxação do aço e alumínio destes dois países.

 

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Guilherme Viveiros – Engenheiro Civil com MBA em Gestão Empresarial pela FGV e Sócio e Head de Renda Fixa na WFlow Investimentos, [email protected]

 

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