O ex-presidente de Cuba Fidel Castro, de 88 anos, vota neste domingo (19) durante as eleições locais no país (Foto: AP Photo/Alex Castro)

Nesta segunda-feira (28), o ex-presidente cubano Fidel Castro afirmou que Cuba não necessita que “o império” lhe presenteie com nada e que o povo deste “nobre e abnegado país” não renunciará “à glória, aos direitos e à riqueza espiritual que ganhou com o desenvolvimento da educação, da ciência e da cultura”.

O líder cubano, de 89 anos e retirado do poder em 2006, analisa em sua “reflexão” o discurso que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, feito na terça-feira (22) ao povo cubano durante sua visita à ilha, a primeira de um líder americano à Cuba revolucionária.

O artigo do ex-presidente, entre os conhecidos como “reflexões de Fidel”, datado às 22h27 de 27 de março, foi divulgado nos meios de comunicação oficiais da ilha e nele debulha aspectos das palavras de Obama. “Após um bloqueio impiedoso que durou quase 60 anos e diante dos que morreram nos ataques mercenários a embarcações e portos cubanos, além de invasões mercenárias, múltiplos atos de violência e de força?”, questiona Fidel.

Castro lembra a Invasão de Baía dos Porcos, quando em 1961 “uma força mercenária com canhões e infantaria blindada, equipada com aviões, foi treinada e acompanhada por navios de guerra e porta-aviões dos Estados Unidos, atacando de surpresa nosso país”.

Fidel também criticou que nas a declarações de Obama sobre a origem mestiça tanto de Cuba como dos EUA, não mencionou que “a discriminação racial foi varrida pela Revolução”, que aprovou “a aposentadoria e o salário de todos os cubanos” antes que do presidente americano “completar dez anos”.

*Com informações da EFE

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