O sonho de ser mãe permeia a vida da maioria das mulheres. Entretanto, a maternidade tem se tornado um grande desafio para mães modernas, e a razão está no excesso de atividades que estão submetidas na rotina moderna. Ao mergulhar em um período tão delicado da natureza feminina, elas veem dobrar a carga de cuidados.

Na luta diária não existe essa de “sexo frágil”, a rotina diária entre marido, filhos, casa, e o trabalho externo faz das mulheres verdadeiras heroínas. Com tantas prioridades, é fácil imaginar quantas vezes elas esquecem de cuidar de si mesmas. E as primeiras rotinas a serem atingidas são as da alimentação e da atividade física, cuja ausência pode ser tornar crucial em momentos como o período gestacional.

Dados do Ministério da Saúde apontam que durante o período gestacional aumentam os índices de hipertensão arterial e diabetes.  Na linha de combate dos dois problemas, os exercícios físicos tem se tornado um grande aliado, por trazerem benefícios tanto para a mulher quanto para o bebê.

Segundo estudos médicos, exercitar-se frequentemente também na gravidez diminui o risco de complicações obstétricas, ajuda a controlar o ganho de peso da mãe, além de atuar no estado psicológico e social, prevenindo assim o estresse e a depressão.

“Como em todo estado de atenção, os exercícios devem ser orientados para cada caso”, reforça a Dr. Joumar Araújo Filho, médico ginecologista e obstetra do Sistema Hapvida Saúde. “A pessoa que nunca praticou exercícios físicos deve iniciar com atividades de baixo risco, como caminhadas, natação e hidroginástica leve. Já quem está acostumada poderá continuar com o programa habitual, apenas deverá modificar a intensidade e velocidade, à medida que a gravidez evoluir”, declara.

Para o especialista, as melhores atividades são feitas na água, como natação e hidroginástica, pois evita as forças gravitacionais, melhora as dores lombares e o inchaço, mas também indica outras. “Ioga e pilates também são uma boas alternativas para manter o tônus muscular e melhorar a flexibilidade. Ressalto que ao praticar atividades físicas o ideal é usar roupas leves, evitar altas temperaturas e beber muita água para se hidrata”, completa.

No entanto, o alerta do ginecologista é para que os exercícios sejam orientados por um profissional. Dicas seguidas pela jornalista Rayane Guedes, grávida de 05 meses do primeiro filho. “Assim que soube da gestação pensei nas consequências para minha postura, principalmente, porque eu já sou alta e não pratico nenhuma atividade. Foi quando recebi um presente de amigos para conhecer o Espaço Saúde e Movimento, onde comecei o pilates”, explica a futura mãe.

No caso da jornalista, a sugestão dos amigos encontrou apoio direto da obstetra. “Ela me falou que isso seria ótimo para auxiliar meu corpo a receber as mudanças. E ainda me prepararia para o parto normal, com menos dor e recuperação mais rápida”, lembra Rayane.

A atividade física é benéfica, mas pode ser contra-indicada em casos específicos, principalmente em mulheres com doenças cardíacas, trabalho de parto prematuro, gravidez múltipla, feto com crescimento inadequado, entre outras.

Além da prática de exercícios, é importante que nessa fase a mulher se atente também à alimentação, para evitar ganho excessivo de peso. “Neste período é imprescindível fazer refeições mais pensadas e equilibradas”, registra a nutricionista do Hapclínica Centro, Elisabeth Crepaldi.

“A principal recomendação é aumentar a ingestão de alimentos que contenham ácido fólico, ferro, cálcio e proteína”, reforça a profissional. Segundo Elisabeth Crepaldi, as recomendações nutricionais devem ser adaptadas seguindo as necessidades específicas e variações individuais, como ganho de peso, tamanho do feto, pré-natal de alto risco, entre outros.

Limitar a quantidade de guloseimas e fast-food também está entre as observâncias, por serem alimentos muito calóricos e com poucos nutrientes.

Orientações sobre ganho de peso durante a gestação

O ganho excessivo de peso na gravidez1 não só torna mais difícil perder o excedente após o nascimento, como também aumenta os riscos da mãe desenvolver diabetes gestacional3, ter aumentos da pressão sangüínea4 (o que pode levar à pré-eclampsia), precisar fazer uma cesariana e sofrer infecção5 pós-parto. Para o bebê, o excesso de ganho de peso da mãe aumenta o risco de defeitos no tubo neural, trauma ao nascimento e morte fetal.

Mulheres com peso normal devem ganhar entre 11 e 16 kg durante os 9 meses de gravidez; mulheres acima do peso, de 7 a 11 kg; mulheres abaixo do peso, entre 12 e 18 kg. Uma grávida de gêmeos pode ganhar um pouco mais de peso, sempre com orientação médica.

“Parecem medidas impossíveis, mas não são”, registra a nutricionista Elisabeth Crepaldi. Segundo a profissional, a grávida pode comer quase tudo, mas deve evitar alguns tipos de alimentos, como:

•   Peixes e frutos do mar crus, como ostras e sushi, são possíveis fonte do parasita Toxoplasmaque pode causar cegueira e dano cerebral fetal.

•   Queijos de casca branca, como brie e camembert, e queijos com fungos, como roquefort e gorgonzola, do tipo frescal (ou “minas”), que podem ser feitos com leite não-pasteurizado. Eles podem estar contaminados com a bactéria Listeria, que pode provocar aborto, parto prematuro, bebê natimorto ou doença fatal ao recém-nascido.

•   Salsichas e frios, a não ser que sejam cozidos antes da ingestão, pois podem ter sido contaminados por Listeria depois do processamento.

•   Carne bovina malpassada ou crua, carne de porco malpassada e ovos crus (Cozinhe os ovos até que a clara e a gema estejam firmes, para evitar contaminação por Salmonella);

•   Peixes predatórios grandes, como peixe-espada, tubarão, cavala e atum branco (fresco ou enlatado), que pode conter níveis arriscados de mercúrio. O Departamento de Alimentos e Drogas diz para limitar o atum (branco) para 200g por semana, mas é aceitável comer até 400g de atum light, camarão, salmão, badejo e bagre.

•   As recomendações quanto ao mercúrio valem também para quem está pensando em engravidar e para o período de amamentação.

•   Brotos crus, inclusive alfafa, trevo, rabanete e feijão-mungo.

•   Chás de ervas e suplementos, pois sua segurança na gravidez não foi estudada. Alguns, como o remidamim ou grandes quantidades de camomila, podem aumentar o risco de aborto ou de parto prematuro.

•   Bebidas alcoólicas.

•   Bebidas e alimentos com cafeína.

O uso de vitaminas antes e durante a gravidez1

Mulheres que estejam planejando engravidar e as que já estão grávidas devem fazer uso diário de polivitamínicos que contenham entre 0,4 a 0,6 miligramas de ácido fólico, para ajudar a prevenir defeitos de tubo neural no bebê e 18 a 27 miligramas de ferro para prevenir a anemia10, que está associada a nascimentos prematuros de bebês2 e baixo peso ao nascer.

Os suplementos vitamínicos usados no pré-natal não contêm cálcio suficiente – 1.000 miligramas por dia são necessários para proteger os ossos da mulher grávida e dar ossos e dentes fortes ao bebê. Por isso as grávidas devem ingerir quantidade suficiente de alimentos ricos em cálcio como leite, queijo e folhas verdes.

Fonte: Assessoria Hapvida

 

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